Em termos globais, 2020 foi um ano atribulado quando das fusões e aquisições em telecom, assim como no Brasil. Segundo relatório da a RGS Partners, foram mapeados 430 negócios em todo o mundo, no melhor resultado desde 2015 (474).
Juntas, as operações somaram US$ 182 bilhões em valores no ano passado, ou mais que o dobro dos US$ 71 bilhões de 2019.
Entre as transações, mais da metade foi realizada na Europa, seguida por EUA/Canadá e pela região da Ásia e Pacífico. Dos 430 negócios fechados, 361 envolviam investidores estratégicos e os demais 69, financeiros. Destaques para a compra da Sprint pela rival norte-americana T-Mobile e de fatia da NTT Docomo por sua controladora, a japonesa NTT.
Década
Ao longo da década (de 2010 a 2021), entre maiores personagens em fusões e aquisições está a russa Rostelecom, com 33, seguida pela norte-americana AT&T, com 24. Já a operadora de infraestrutura American Tower aparece em sétimo lugar, tendo protagonizado 16 negócios.
Verizon e T-Mobile lideram o ranking em termos financeiros, com US$ 142 bilhões e US$ 84 bilhões mobilizados, na ordem. A Lumen (antiga CenturyLink) aparece em terceiro (US$ 60,5 bi), enquanto a América Móvil (dona da Claro) surge em quinto lugar, com US$ 48 bilhões aportados em compras.
Entre 2010 e 2021, 89% das operações globais no setor foram lideradas por players estratégicos e os 11% restantes, por financeiros. Já os compradores locais atenderam por 70% dos negócios, contra 30% promovidos por empresas de fora do país dos alvos.