Um tribunal federal do distrito sul de Nova York (EUA) emitiu uma decisão favorável à fusão da T-Mobile com a Sprint, comunicaram as empresas nesta última terça-feira, 11. A sentença faz parte de processo contra o consolidação movido por uma coalizão de procuradores-gerais de 14 estados norte-americanos.
A alegação do grupo é que a fusão das duas empresas (a terceira e quarta em market share móvel no país) enfraqueceria a competição do setor, resultado no aumento de preços. Já o entendimento do juiz federal Victor Marrero foi distinto: o magistrado afirmou que a T-Mobile foi a razão de diversas mudanças "pró-consumidores" na postura comercial das líderes de mercado (AT&T e Verizon) na última década, e que o negócio fortaleceria tal dinâmica.
Marrero também questionou a capacidade que a Sprint teria para seguir atuando sozinha como operadora nacional nos próximos anos. No todo, o magistrado entendeu que a transação, avaliada em US$ 26 bilhões, não será prejudicial à competição.
A T-Mobile comemorou a decisão em comunicado. Diretor de operações, presidente e futuro CEO da empresa a partir de maio (em substituição a John Legere), Mike Sievert afirmou que há expectativa de conclusão do negócio até o dia 1º de abril. O Departamento de Justiça e a Federal Communications Commission (FCC) já aprovaram a fusão, da qual nascerá a New T-Mobile, ou a segunda maior operadora móvel dos EUA.
Chairman da FCC, Ajit Pai também elogiou a decisão e destacou o compromisso das empresas levarem 5G para 97% da população norte-americana em três anos e para 99% em seis. Ainda segundo Pai, o negócio "representa uma oportunidade única para acelerar o deployment do 5G no país", além de possibilitar um uso "mais produtivo" do espectro em banda média.