Os dados da PNAD Contínua do IBGE referentes ao acesso às TICs no 4º trimestre de 2019 mostram que, mesmo com um crescimento no número de domicílios que utilizaram a Internet, havia 12,6 milhões de residências que não contavam com acesso à Internet. Os motivos alegados foram falta de interesse, preço alto e falta de habilidades no uso da tecnologia. No caso da TV por assinatura, o preço foi o principal motivo para a não aquisição do serviço
Do total, 32,9% justificaram a ausência do serviço pela falta de interesse; 26,2% apontaram que suas residências não tinham conectividade porque consideravam o serviço caro e 25,7% apontam que não tinham Internet em casa porque nenhum dos moradores tinha habilidades com a tecnologia.
Em área urbana, o percentual de domicílios sem utilização da Internet que alegaram esses três motivos chegou a 91,9%. Nas áreas rurais, 19,2% dos domicílios não utilizavam Internet porque não dispunham do serviço na localidade, contra apenas 0,6% em área urbana.
A pesquisa mostra que o fator renda também influi no perfil de quem acessou e não acessou a Internet. O rendimento médio per capita dos domicílios com utilização da banda larga era de R$ 1.527, o que representava o dobro da renda dos que não utilizavam a rede, que estavam na faixa de R$ 728.
O rendimento médio per capita dos que utilizavam tablet para navegar era de R$ 3.223, mais que o dobro do recebido por aqueles que acessavam a rede pelo celular (R$ 1.526).