A Orange Business Services, subsidiária da France Telecom para o mercado corporativo, pretende aumentar a sua participação em contratos com o governo. Embora a companhia não conte com a última milha no Brasil ela tem um trunfo importante: presença mundial. Esse fator habilita a companhia a disputar licitações dos ministérios de relações exteriores em todo o mundo e não seria diferente no Brasil.
Atualmente, executivos da Orange Bussines Services tem procurado mostrar para representantes do ministério de relações exteriores brasileiro os benefícios de uma solução MPLS. "Eles tem uma mentalidade de satélite. Mas nós queremos mostrar que é possível usar uma solução mais barata ou em alguns casos combinar satélite com MPLS", afirma Carlos Mônaco, diretor de vendas da Orange.
O executivo destaca que esse é um trabalho de longo prazo. A maior preocupação do governo brasileiro, segundo ele, é em relação às embaixadas em locais com pouca infraestrutura de telecom e com problemas de segurança. Mônaco diz que o governo brasileiro não tem uma solução única para conectar suas embaixadas pelo mundo e, muitas vezes, existe apenas um VPN (Virtual Private Network) sobre um link de banda larga tradicional entre essas embaixadas mais remotas e o Brasil. "É um trabalho demorado de convencimento de que uma solução única é uma boa opção", afirma.
A receita da companhia no Brasil se divide igualmente entre rede e integração. Na parte de rede, o foco é atender a empresas estrangeiras no Brasil e as brasileiras que estão se internacionalizando. A companhia tem quatro support centers no mundo, sendo que um deles fica em Petrópolis (RJ) e atende aos países de língua espanhola e portuguesa. Os demais ficam no Egito, Índia e Ilhas Maurício.
