Quadros afirma que revisão do modelo de telecomunicações vem tarde, mas ainda é oportuna

Juarez Quadros (Foto: Augusto Costa)

O presidente da Anatel, Juarez Quadros, afirmou, nesta terça-feira, 14, que a revisão do modelo de telecomunicações, proposta no Projeto de Lei da Câmara 79/2016, deveria ter acontecido em 2010, mas ainda é oportuna para atender o anseio da sociedade por banda larga. Se não for agora, diz ele, essa revisão dificilmente terá como prosperar em 2020 e em 2025.

Quadros entende que o novo modelo pode atender a reivindicações antigas dos parlamentares e governantes, como levar a cobertura de celular nas estradas, obrigação não imposta às operadoras. "Mas essa obrigação não precisa vir na lei e sim na regulamentação que será feita pela Anatel", afirmou.

Ele reiterou que os bens reversíveis não valem R$ 100 bilhões, como tem repisado a oposição, que é contra o projeto. De qualquer forma, disse o presidente da Anatel, o cálculo deve ser feito de modo transparente e por consultorias "acima de qualquer suspeita", como aconteceu no processo de privatização das telecomunicações. Mas adiantou que o critério a ser adotado é de fluxo de caixa descontado.

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TACs

Juarez Quadros, que participou do Seminário Políticas de (Tele)Comunicações, promovido pelo Teletime, também defendeu os Termos de Ajustamento de Condutas (TACs), já firmados com duas concessionárias (Telefônica e Oi) e que garantirão mais investimentos em banda larga. Segundo ele, não há perdão de multa, mas penalização das empresas que foram sancionadas, que ficam obrigadas a investir mais do que o devido.

Ele citou o caso do acordo da Telefônica, que tinha multas de R$ 2,2 bilhões e será obrigada a investir R$ 4,9 bilhões. Quadros ressaltou, contudo, que não é possível confundir TACs com revisão do modelo de telecomunicações.

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