Vero aposta em novo crescimento de dois dígitos no mercado de fibra

Fabiano Ferreira, CEO da Vero

A operadora de banda larga Vero Internet está enxergando um potencial de crescimento robusto para o mercado de banda larga fixa via fibra óptica nos próximos anos, inclusive com perspectiva de 12 milhões de novos acessos do gênero no País até o final de 2025.

A avaliação foi feita pelo CEO da operadora regional, Fabiano Ferreira, em entrevista ao TELETIME Live (veja íntegra abaixo). "Vemos possibilidades de crescimento ainda bastante robustas, de dois dígitos na banda larga via fibra. É uma oportunidade excelente para empresas que estão bem posicionadas", afirmou o executivo, na ocasião.

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Hoje, o segmento estaria passando por um momento de "normalidade" nas adições de clientes, após crescimento acelerado durante o período de pandemia. Ainda assim, a Vero recorda o mercado potencial de 80 milhões de lares e empresas que podem ser atendidas com banda larga em todo o País. Deste universo, apenas 46 milhões estariam conectadas, segundo estatísticas mais recentes da Anatel.

Diante do cenário, pesquisas com as quais a operadora trabalha apontam que, até o final de 2025, 12 milhões de novos acessos devem ocorrer apenas na tecnologia óptica (o universo atual é de 32 milhões). No caso da Vero, novas aquisições e mais de 400 cidades mapeadas para possível ingresso orgânico (além de outros bairros nos municípios atuais) devem fazer parte do esforço para absorção do contingente.

Consolidação

Segundo Ferreira, o posto do brasileiro como um dos campeões no consumo de streaming e redes sociais ajuda a explicar o aumento esperado na penetração da banda larga, para a casa próxima aos 70%. O CEO da Vero, contudo, também coloca a consolidação de mercado como fator que deve preceder o movimento. Como já apontado por TELETIME, a empresa está ativa em discussões para novas aquisições e eventuais fusões.

"Acredito em oportunidade de consolidações de players de médio porte. Tanto a Vero como outros estão muito atentos a situações e acredito que em doze meses devem ocorrer modificações no mercado", afirmou Ferreira. Além de operações normais de compra de pequenos por players maiores, a fusão de médios resultando na formação de grandes competidoras e a própria compra de empresas de médias pelas maiores do setor foram elencadas como possibilidades.

Hoje, a Vero vê um cenário bastante competitivo no mercado de banda larga. Em 75% das casas onde a empresa tem cobertura de fibra (HPs), haveria concorrência com pelo menos três outros provedores regionais da tecnologia, além de duas operadoras grandes. Mesmo no cenário acirrado, a empresa comemora market share de cerca de 35% nas cidades onde atua.

"Somos convidados todos os dias para a guerra de preços, mas não vamos aceitar o convite", indicou Ferreira, ao discutir os reflexos do ambiente competitivo no aspecto comercial. A empresa tem perseguido uma proposta de maior valor, com velocidades médias ofertadas na casa dos 380 Mbps e serviços de streaming premium que têm contribuído para as melhores taxas de churn (evasão) e de tíquete médio (ARPU) do setor, segundo o CEO.

Em meio à aposta em serviços digitais, vertentes como a casa conectada devem estar entre as estratégias da empresa. "A partir do ano que vem vamos entrar com apetite, entregando dispositivos para o cliente e sem ter preços absurdos", afirmou Ferreira – lembrando que os mais de 800 mil acessos de banda larga da operadora representam cerca de 2,5 milhões de consumidores. "É um volume bem interessante para aproveitar em uma série de serviços que temos no roadmap". (Entrevista por Samuel Possebon)

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