Controladores da Furukawa apelam ao governo no caso Eletronet

Dois executivos da Mitsui, controladora da Furukawa, reuniram-se nos últimos dois dias com o ministro da Comunicações, Miro Teixeira, e com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, para expor o ponto de vista da companhia japonesa sobre a Eletronet.
De acordo com o presidente da Furukawa do Brasil (uma das principais credoras da Eletronet), Foad Shaikhzadeh, que esteve presente às reuniões, a intenção era esclarecer o governo de que a Eletronet é uma empresa de interesse público, e como tal não poderia ir à falência. ?A Eletronet foi um projeto criado pela Eletrobrás para controle e segurança das redes de transmissão?. Foad explica que o problema foi que a Eletrobrás escolheu o parceiro errado: a AES. ?Vendemos pára-raios para a Eletronet e a fibra que fornecemos tinha como objetivo monitorar e controlar as linhas de transmissão. O uso para telecomunicações é secundário. Os nossos equipamentos estão sendo usados e não recebemos nada por isso?, complementa o executivo da Furukawa.
O que os controladores da Furukawa querem é que o governo encontre uma solução amigável para o problema. ?Por mais difícil que seja a situação com a AES, o governo deve encontrar uma solução que não a dada pela justiça carioca, que prejudica a todos, inclusive o próprio governo?, enfatiza Foad. Ainda segundo ele, os ministros receberam com simpatia as alegações da Furukawa, e só agora o governo está tendo acesso a informações detalhadas do caso.

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Apelação judicial

Paralelamente, a Furukawa entrou no último dia 3 com um agravo de instrumento na segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com pedido liminar de suspensão provisória da auto-falência da Eletronet. Na última quinta, 12, foi publicado o despacho do desembargador Jair Pontes de Almeida, relator da apelação, negando o pedido de liminar e solicitando informações adicionais das partes sobre o caso, no prazo de dez dias.
Segundo o presidente da Furukawa, a fundamentação do agravo tem dois pontos principais: um é o fato de a Eletronet ser uma empresa pública, e por isso não pode ir à falência, sob o risco de também danos à imagem do governo no exterior; o segundo ponto é que, do ponto de vista da legislação, de acordo com a documentação apresentada pela Eletronet no pedido de auto-falência, toda a base de operação e contabilidade da empresa é feita em São Paulo. Por isso o foro competente para julgar o processo seria o do estado, e não o do Rio de Janeiro.

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