A Anatel não tem a mínima intenção em adiar o prazo para que as operadoras que migraram para o SMP passem a utilizar o Código de Seleção de Prestadora (CSP) nas ligações de longa distância. A agência já vem discutindo o assunto há pelo menos duas reuniões do Conselho Diretor e até agora não chegou a uma decisão. Na visão do superintendente de serviços privados, Jarbas José Valente, só há a hipótese do adiamento no caso de alguma empresa provar claramente a falta de condições para fazer a mudança.
O superintendente lembrou que a mudança terá que ser feita da forma ?mais suave possível? para evitar qualquer tipo de problema para o funcionamento do novo sistema. Isto significa que possivelmente os dois sistemas (com e sem marcação do CSP) deverão ser aceitos no período de transição. O superintendente lembra que há muitas questões que precisam ficar claras para este período, sendo uma delas a repartição das receitas entre as empresas.
Uma outra questão importante é definir a sistemática do roaming com as empresas que não migraram: ?tudo isso tem que ser discutido detalhadamente, para que seja aplicado depois de 31 de maio (prazo originalmente previsto para a mudança) ou quando for exigida a alteração".
Obrigação irreversível
Jarbas Valente descartou totalmente a possibilidade do CSP não ser implantado por pressão das empresas que migraram para o SMP. Valente usa como argumento do sucesso da utilização do sistema pela Oi e pela TIM e a satisfação dos usuários com o sistema. Segundo ele, com o aumento da competição na longa distância, os preços das ligações vão certamente cair para os usuários do serviço móvel.