Maior desafio de redes 5G é modelo operacional, avalia Ericsson

vice-presidente de Negócios da Ericsson, Vinicius Dalben
Foto: Vitor Brandão/Estúdio Versailles/Telebrasil

Um dos maiores desafios para a consolidação das redes 5G no Brasil é a definição do melhor modelo operacional, observou o vice-presidente de Negócios da Ericsson, Vinícius Dalben, ao participar do Painel Telebrasil Summit 2023, que acontece em Brasília, nesta terça e quarta-feira, 12 e 13 de setembro.

O executivo lembrou que, em relação às metas estabelecidas pelo governo, as implementações estão ocorrendo acima do definido. Em seu primeiro ano de operação, as redes 5G chegaram a mais de 170 municípios, cobrindo 45% da população. É um crescimento que, de acordo com Dalben, está acima da média global, que deve fechar o ano com 1,5 bilhão de assinaturas 5G.

O crescimento global, inclusive, demonstra as oportunidades que este mercado deve trazer. Dalben disse que os top 20 mercados globais em redes 5G cresceram 7% no último ano, percentual acima da inflação ponderada destes países, e que mais de 100 operadoras em todo o mundo já oferecem serviços adicionais baseados em 5G.

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O Brasil estaria pronto para este mercado, com um volume de usuários digitais também acima da média global (58%) e usuários de redes 5G mais maduros. Um estudo da Ericsson aponta que seis em cada dez usuários brasileiros de redes 5G querem serviços móveis customizados para suas necessidades específicas e estariam dispostos a pagar mais por eles.

Além dos serviços aos usuários, as redes 5G também podem ser utilizadas para a oferta de serviços de FWA e de redes privadas. "O 5G vai criar um ecossistema, onde a plataforma deixa de ser o aparelho e torna-se a rede. Dessa forma, outros provedores poderão oferecer serviços sobre nossas redes", destacou Dalben.

É justamente aí que estaria o maior desafio: definir um modelo operacional que possa garantir a transversalidade entre os diferentes agentes. "Uma vez criados serviços adicionais, por exemplo, como eles serão cobrados? O sistema deverá ser capaz de monitorar essas relações e garantir sua transparência."

O executivo lembrou que a possibilidade de múltiplas cobranças deve tornar o arcabouço mais complexo, o que torna fundamental a simplificação das regras fiscais. "Essa simplificação deve atender ao setor e viabilizar que todo o potencial de crescimento seja explorado", concluiu.

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