Mercado de conteúdo móvel alcançará US$ 2,6 bilhões em 2011, aponta Frost & Sullivan

O mercado latino-americano de conteúdo móvel deve chegar a US$ 2,6 bilhões em 2011, segundo pesquisa da consultoria Frost & Sullivan. Em 2005 a receita foi de aproximadamente US$ 594 milhões, 120% a mais que no ano anterior. Apesar do crescimento, a América Latina ainda está atrás da América do Norte, Europa e Ásia.
Segundo a pesquisa, a Argentina foi o país onde os serviços de valor agregado apresentaram maior fatia da receita das operadoras. O mercado menos desenvolvido é o da Colômbia. Sem poder apresentar os números de participação, Alex Zago, consultor da Frost, diz apenas que o Brasil está acima da média da região. ?As teles ainda precisam estimular de maneira mais eficiente o uso desses conteúdos?, afirma.
Um dos pontos polêmicos, segundo Zago, é com quem deve ficar a tarefa de fazer o marketing dos conteúdos: operadoras ou desenvolvedores, já que o modelo de remuneração adotado é o de revenue sharing. ?Na minha opinião essa é uma tarefa das teles que tem contato direto com o cliente?, diz.

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Para o desenvolvimento do mercado, as empresas devem apostar na segmentação do público, assim como já aconteceu na internet. A pesquisa identificou que o acesso a esses conteúdos não tem correlação com a renda do usuário e tampouco com a modalidade de plano, pré ou pós-pago. ?O público jovem, independente da classe social, é o que mais acessa esses conteúdos. Então as empresas devem segmentar o seu conteúdo, criar coisas para outros públicos?, afirma Zago.

Alta rentabilidade

Comparando com o mercado de conteúdo para banda larga ? que em 2005 movimentou US$ 87,1 milhões na América Latina, segundo a Frost & Sullivan ? , o mercado de conteúdo móvel no mesmo ano foi cerca de sete vezes maior. Em 2011 a distância deve aumentar para dez vezes.
Um dos motivos que explica essa diferença é o alto índice de rentabilidade, pela dificuldade em se burlar o sistema e pela penetração do celular na população. Muitas empresas impedem, por exemplo, a troca de conteúdo entre celulares. Além disso, apesar de negarem, as operadoras não arcam com todas as despesas referentes aos direitos autorais das músicas usadas nos ringtones. Elas argumentam que usam apenas trechos das canções e que comercializam tais trechos com baixa qualidade. ?Isso deve mudar no curto prazo, com a popularização dos truetones?, arrisca Zago.

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