Via Direta questiona capacidade da Telebras para conectar escolas

Star Wars Foto: Pixabay

O diretor da Via Direta Telecom, Ronaldo Tiradentes, questionou a capacidade da Telebras para prover conectividade às escolas no Brasil. "Eu acho demagógico que o governo [federal] diga que a Telebras vai prover Internet ao Amazonas. A Telebras não tem condição", disse o empresário, classificando a atuação da estatal como "péssima". A Via Direta é representante corporativa da Starlink e foi a vencedora para prover ao Estado do Pará 1.650 kits de conexão da operadora de satélites. 

Já Telebras será a responsável pela conectividade via satélite em escolas com recursos do GAPE (grupo gestor dos projetos de conectividade em escolas coordenado pela Anatel), conforme deliberação do grupo em maio. Isso ocorreu após o GAPE aprovar a contratação do Gesac para conectar as instituições em áreas onde a fibra não está disponível.

O diretor ainda afirmou que a estatal não teria mão de obra suficiente para arcar com as responsabilidades conferidas por projetos de conectividade pelo País. "A Telebras não tem técnicos, não tem montador e não dá assistência em lugar nenhum. A Telebras não tem condição de ser provedora de internet. Não tem um técnico sequer no Amazonas. Não tem um técnico no Pará. Como é que ela vai prover Internet aqui na região?", questionou o empresário. No entanto, vale lembrar que a Telebrás atua também com parceiros, como é o caso da Viasat e outras empresas, que têm redes de parceiros.

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Dirigida por Tiradentes, a Via Direta Telecom já instalou mais de 2 mil antenas na modalidade de planos corporativos da Starlink com prioridade no tráfego de dados.

Tiradentes também voltou a criticar o acordo entre Telebras e Viasat, questionado por sua empresa, desde 2018, na Justiça, ação em que pede a suspensão desse contrato. 

Via Direta em escolas

Sediada no Amazonas, a empresa já venceu uma série de licitações públicas. A mais recente delas foi com o Governo do Pará, que anunciou esta semana um investimento inicial de R$ 340 milhões para a instalação e manutenção de 1.650 antenas da Starlink em todas as escolas da rede estadual de ensino. 

Em entrevista ao TELETIME, Ronaldo Tiradentes afirmou que a cifra divulgada pela Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) corresponde ao contrato global do projeto, que tem duração de cinco anos. Essa foi a mesma informação prestada pela Seduc em nota de esclarecimento sobre o programa anunciado pelo governo paraense.

De acordo com o empresário, o contrato para conectar escolas no Pará difere da oferta padrão da Starlink. Isso porque a empresa trabalha somente com a modalidade corporativa da operadora via satélite, com prioridade no tráfego de dados. Ou seja, a velocidade oferecida nesse segmento supera a casa dos 200 Mbps, segundo Tiradentes.

Esse valor é superior à média atual obtida com planos residenciais em regiões do País onde já existe alta concentração de usuários – é o caso do Amazonas, onde a velocidade média da operadora de Elon Musk é de 28 Mbps e no Pará (53 Mbps), segundo levantamento do Minha Conexão.

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