Os fundos de pensão Previ, Petros e Telos são contra o pagamento pela Telemar de mais R$ 114 milhões a título de ganhos com sinergia pela compra da Pegasus, afirma uma fonte ligada às entidades de previdência. Ainda de acordo com essa fonte, as fundações não poderão participar da votação sobre o assunto na Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da Telemar convocada para o dia 29 de novembro porque suas ações são preferenciais. Apenas acionistas minoritários, donos de cerca de 2,5% das ações ordinárias da operadora, terão direito a voto. ?Se esses acionistas votarem a favor da Telemar gastar mais dinheiro na compra da Pegasus será muito esquisito, pois não há mais ninguém disputando a aquisição dessa empresa e, portanto, não há porque elevar ainda mais a proposta?, argumenta a fonte.
Há duas semanas o conselho de administração da operadora fixa aprovou a compra de 99,9% das ações da companhia de transmissão de dados por R$ 221,8 milhões, mais R$ 114 milhões em decorrência dos ganhos futuros com a sinergia. Esta segunda parcela, entretanto, terá de ser aprovada pelos minoritários na AGE. Vale lembrar que a Telemar assumirá a dívida da Pegasus, que em sua última avaliação, em 30 de junho passado, era de R$ 339,1 milhões. O valor da proposta é a média das sugestões feitas pelo Goldman Sachs e pelo UBS Warburg, bancos contratados pela Telemar com o propósito de dar mais transparência à aquisição. A preocupação faz sentido ao se analisar a composição acionária de Telemar e Pegasus: há vários acionistas em comum, como Andrade Gutierrez, Grupo La Fonte, Opportuniy e GP Investimentos.
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