Respondendo questionamento da B3 sobre o valor de ações em bolsa abaixo da casa do R$ 1, a Oi afirmou que aprovação da proposta revisada do plano de recuperação judicial (PRJ) da empresa deve refletir na valorização dos papéis. Os termos estão atualmente em negociação ao lado de credores.
A declaração consta em fato relevante da operadora divulgado na noite desta quarta-feira, 11. O documento foi resposta a um ofício da B3 que solicitava cronograma a ser adotado pela Oi para enquadrar a cotação de suas ações em valor igual ou superior a R$1,00 até março de 2024.
"A Companhia acredita que a aprovação e homologação do Plano de Recuperação Judicial terão papel fundamental para o futuro da Companhia e trarão visibilidade quanto à sua sustentabilidade de longo prazo, o que deverá se refletir em valorização das ações da Oi, tornando assim desnecessária a realização de grupamento ou de qualquer outra medida para retomada do patamar de R$ 1,00", respondeu a tele, na ocasião.
No entanto, outras possibilidades não estão descartadas em caso de desfecho distinto. "Caso a cotação de suas ações não enquadre de forma consistente em patamar acima de R$1,00 com a evolução do processo de recuperação judicial, a Oi pretende propor ao Conselho de Administração da Companhia alternativas para reenquadrar o valor da ação ao patamar permitido pela B3, na forma da regulamentação aplicável", colocou a Oi.
Nesta quarta-feira, a ação ordinária da Oi (OIBR3) encerrou o pregão com cotação de R$ 0,59, após desvalorização de 3,28% ao longo do dia. Desde meados de agosto que o papel está abaixo da casa do R$ 1. No acumulado de 2023, a ação ordinária já perdeu 65% de seu valor.
Entrega célere
Vale lembrar que a Oi apresentou em maio uma primeira versão do plano para sua segunda recuperação judicial (iniciada em março). Os termos tinham como base as negociações realizadas com credores até aquela data.
"Desde então, a Oi continua negociando intensamente com os principais credores da Companhia e deverá apresentar, o mais célere possível, uma proposta revisada do PRJ a ser votado em Assembleia Geral de Credores e, posteriormente, homologado pelo juízo da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro", prometeu a operadora.