A estratégia das principais operadoras de TV por assinatura em relação aos serviços de telefonia com a tecnologia de voz sobre IP seguirá vários caminhos. Foi o que mostrou o debate de abertura do segundo dia da ABTA 2004. ?A primeira coisa é a definição dos níveis de qualidade. Hoje, VoIP permite tanto serviços com confiabilidade melhor, sem qualidade de serviço, até serviços extremamente confiáveis. Depende do modelo de negócios da operadora. E o melhor é que todos eles podem conviver na mesma rede?, diz Antônio João Filho, COO da Horizon, para quem o serviço tende a começar com usuários corporativos. Amilton de Lucca, diretor de desenvolvimento da TVA, diz que o foco dos serviços de VoIP será inicialmente os clientes corporativos. ?No nosso modelo, o negócio se viabiliza com parcerias. Por isso temos a Net2Phone e a Primeira Escolha conosco no negócio. Assim, problemas típicos do negócio de telecomunicações como numeração e interconexão são mais facilmente resolvidos?.
Ciro Kawamura, diretor de marketing da Net Serviços, ressalta que pelo fato de o ?parceiro natural? da Net ser a Telmex, o primeiro passo tende a ser naturalmente o acesso VoIP residencial, já que a empresa mexicana tem a Embratel para prover serviços corporativos. ?Nossa rede está pronta para ofertar acesso residencial a 2,2 milhões de domicílios e o potencial de penetração é bem superior aos 600 mil usuários que foram projetados?, diz Kawamura. Ele explica que o limite de crescimento dos serviços de VoIP não é igual ao limite de crescimento da banda larga. ?São negócios que usam a mesma rede e, no fundo, a mesma tecnologia, mas não são para os mesmos públicos?. Antônio João Filho concorda com a Net: ?há tecnologias de terminais VoIP que trazem o modem embutido no aparelho, sem que o usuário precise ter um serviço banda larga contratado. Além disso, o serviço de voz sobre IP ainda pode ser oferecido com bandas de dados bem menores do que as bandas dos serviços de cable modem?.
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