A receita de provedores de conteúdo para telefonia celular deve ultrapassar a marca de R$ 500 milhões no Brasil em 2005. A previsão é de Marcelo Arakaki, diretor de negócios da Mobwave, empresa de consultoria e desenvolvimento de softwares de entretenimento móvel. Dentro do conceito de provedores de conteúdo estão incluídos portais, desenvolvedores, publishers e integradores. O executivo calcula que o faturamento desse segmento foi cerca de R$ 280 milhões no ano passado.
Do lado das operadoras, a receita líquida com serviços de dados foi de aproximadamente R$ 1,25 bilhão em 2004, sendo 75% com SMS. Calcula-se que mais da metade das mensagens são ?peer-to-peer?, ou seja, mensagens trocadas entre usuários. Mas o faturamento com download está crescendo rapidamente. ?Em 2005 a receita com downloads deve superar aquela proveniente de WAP nas operadoras e começar a rivalizar de verdade com a receita de SMS?, prevê Arakaki.
A participação de dados na receita total de cada operadora continua a girar entre 4% e 4,5%. Mas Arakaki espera que essa participação aumente para 9% este ano. Em 2006 deve se aproximar dos 15% verificados atualmente na Europa. A troca por aparelhos mais modernos, com Brew e Java, a melhora na curva de aprendizado de uso dos novos serviços e o surgimento de conteúdos mais atraentes são apontados pelo executivo como os principais fatores que ajudarão a alavancar esse mercado nos próximos anos.
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