A Telefree do Brasil está se preparando para tentar abocanhar uma fatia maior do mercado de telefonia fixa e longa distância nacional e internacional (DDD/DDI). A operadora, que nasceu há quatro anos como um investimento de sul-coreanos que queriam atender especificamente sua colônia no Brasil, passou para controle 100% nacional há um ano (os três sócios continuam no anomimato), formou uma pequena carteira com 1,5 mil clientes residenciais e 300 pequenas e médias empresas, e vende 15 mil cartões pré-pagos (de R$ 5, R$ 10 e R$ 30) por mês. Mas agora promete dar uma guinada em direção ao crescimento, com aumento de usuários, de investimentos e de receita. Um dos objetivos é ampliar a base de clientes residenciais (que gastam entre R$ 50 e R$ 300) e depois os clientes de grande porte.
A Telefree é uma operadora emergente de telefonia fixa com licenças para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Londrina. A empresa oferece longa distância nacional e internacional para clientes residenciais e corporativos, nas modalidades pré e pós-paga, mas apenas em São Paulo, por enquanto. Até dezembro, planeja ativar o serviço no Rio e em Belo Horizonte, e nas demais localidades no primeiro semestre de 2005.
Com a saída dos coreanos, os novos acionistas decidiram também cortar o cordão umbilical com a Telefree daquele país, fornecedora da plataforma do know-how e do software, e cujo acordo comercial exigia exclusividade na compra de tráfego. Desta forma, a Telefree brasileira fez uma aliança com a VoIP Group para usar a plataforma Softswitch VCS (Virtual Sercive Controller, SIP e H323) para gerenciar serviços de VoIP corporativo, residencial e de cartão pré-pago. Segundo o gerente geral da Telefree do Brasil, Telmo Fernandes, a migração dos sistemas começará em alguns dias. Em cerca de seis meses será feita uma reavaliação para decidir se a plataforma coreana será eliminada totalmente.
Fernandes adianta que nos próximos dois meses lançará o serviço de longa distância com numeração própria, integrando a tecnologia VoIP e a convencional (PSTN). Desta forma, o usuário que adquirir um telefone da empresa poderá originar e receber chamadas com as duas tecnologias.