CEO da Alcatel-Lucent diz que Brasil é estratégico

O presidente mundial da Alcatel-Lucent (ALU), Ben Verwaaine, disse nesta terça, 9, durante a Futurecom, que o Brasil é o mercado que todos os fornecedores querem estar presentes. "Esse é um mercado muito importante, e com os eventos que virão, torna-se uma vitrine", disse ele. A Alcatel-Lucent enxerga a América Latina, especialmente o Brasil, como um mercado estratégico. "O crescimento na região é de dois dígitos há sete trimestres. É o mercado que mais cresce hoje e onde ainda se percebe um grande ânimo, apesar da crise na Europa e em outros mercados desenvolvidos".

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Para Verwaaine, a estratégia no Brasil independe de um grande contrato para 4G. "Nossa posição é que hoje não faz mais sentido pensar em fixo e móvel. O que importa é pensar em uma conectividade plena". Ele ressalta, no entanto, que tem esperanças de que a Alcatel-Lucent conseguirá se posicionar com uma operadora móvel no Brasil, e para isso está disposta a cumprir as obrigações de produção local. "Por enquanto, estamos dispostos a estabelecer produção no Brasil. Não porque seja uma boa ideia, mas porque é a regra. Acho que hoje isso não faz mais sentido, já que o grande salto está na capacidade de integração de tecnologias, e não na produção de placas".  Ele não deu nenhuma sinalização sobre a disposição de estabelecer pesquisa e desenvolvimento local em função das obrigações regulatórias.

Caso não consiga o contrato, ele disse que não há a menor chance de a Alcatel-Lucent reduzir a sua presença no Brasil. "Temos nossos clientes e temos soluções completas de infraestrutura. Não existe razão para pensar em deixar o País". Perguntado o que estava achando da Futurecom (evento do qual participou), ele disse que "estava gostando, mas que poderia ficar melhor", dando a entender que estava na expectativa do anúncio de um dos contratos de 4G. Hoje a Alcatel-Lucent tem 25 contratos e 70 testes de LTE. Mais tarde, esse noticiário apurou que a ALU estará provavelmente entre as fornecedoras da Oi.

Mudança de modelos

A Alcatel-Lucent destaca que em todo mundo operadoras de telecomunicações estão repensando seus modelos de negócio e a discussão, que começa no mesmo sentido aqui no Brasil, é importante para a saúde de toda a indústria. "É precios criar incentivos para investimentos. Os reguladores podem atrair investimentos ou criar dificuldades". Para ele, o modelo ideal é aquele que permite dar ao usuário o máximo de flexibilidade para ter o que quiser. Ele considera que o debate sobre neutralidade de rede é justamente um dos pontos que de certa forma amarram os modelos e impedem esta flexibilidade.

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