O ministro das Comunicações Juscelino Filho afirmou que, após a liberação dos recursos do Fust para as empresas de telecomunicações que tiveram redes danificadas pelas inundações no Rio Grande do Sul, a pasta estuda formas de como fará a liberação dos recursos de maneira mais fácil e acessível.
Segundo Filho, a ideia é verificar formas de como permitir que estas empresas tenham acesso a mais recursos, já que o governo federal já determinou esta agenda como uma das prioridades e publicou um decreto reconhecendo o estado de calamidade pública na região.
"Estive lá ontem [quinta, 9] e vi um cenário de muita tragédia. Conversei com empresas que tiveram até documentos perdidos. Estamos vendo como estruturar, junto com o BNDES, a forma de como as empresas podem acessar os recursos", disse o ministro das Comunicações no evento da Associação NEO, nesta sexta-feira, 10.
"Estamos pensando como estruturar o caderno de projetos e processos para a gente rapidamente dar esse suporte. As empresas não têm seis meses ou um ano para ter esse acesso, e [no meio tempo] ficar sem funcionar", completou Juscelino, em conversa com jornalistas. Em paralelo, a pasta busca novos recursos para ajudar provedores.
MCom quer fontes além do Fust para redes no RS; veja o porquê
Chefe do departamento de TI, telecom e economia criativa do BNDES, Carlos Azen afirmou no mesmo evento da Neo que o banco público – responsável pela operação do Fust – está trabalhando para operacionalizar esse rito simplificado, que poderia ser finalizado dentro de até duas semanas.
Esta semana, o Ministério das Comunicações anunciou que os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) vão ser disponibilizados para a reconstrução da rede de telecomunicações nos locais prejudicados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Segundo Filho, as empresas interessadas poderão acessar os recursos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros abaixo do mercado.
"Nosso objetivo é garantir que as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, possam restabelecer os serviços de comunicação", disse Filho na ocasião do anúncio. O uso do Fust para este fim era um pleito de provedores gaúchos.
Nesta quinta, 9, Juscelino Filho esteve reunido com entidades representativa dos provedores onde apresentou a proposta de uso do fundo e ouviu um pouco do cenário por qual passa os pequenos provedores daquela região.
Parceria
Durante sua fala no evento da Associação NEO, Juscelino Filho destacou que o setor privado é importante para o desenvolvimento da infraestrutura. "Precisamos juntos, setor privado e governo, fazer chegar a Internet àqueles que ainda não tem o serviço. A associação NEO tem sido um parceiro importante nas políticas públicas de inclusão digital no Brasil", afirmou Filho.
