Elemento que pressionou a lucratividade da TIM em 2022, as estações rádio-base (ERBs) adquiridas da Oi Móvel tiveram oferta para o desinvestimento exigido pelo Cade prorrogada até março. Ainda em 2022, mais de 500 sites também foram desativados.
As informações foram compartilhadas pela TIM nesta sexta-feira, 10, quando a direção da operadora detalhou resultados do ano passado a analistas e jornalistas. Pelos termos da aprovação da compra dos ativos móveis da Oi, a empresa teve que colocar 50% das 7,2 mil ERBs compradas à venda.
A primeira oferta pública de seis meses, contudo, foi encerrada em 4 de janeiro sem desfecho positivo. A possibilidade foi prorrogada por dois meses (até 4 de março) com condições comerciais melhoradas, segundo o comando da TIM (algo também feito pela Claro). Caso não surjam compradoras (mesmo para lotes parciais), as ERBs poderão ser dispostas de outra maneira.
A intenção da TIM é adicionar ao grid apenas os sites oriundos da Oi Móvel não sobrepostos à sua própria rede (cerca de 2,8 mil ERBs, segundo dados divulgados ano passado). Nos demais casos a desativação deve ocorrer, em processo que começou ainda em outubro de 2022.
Segundo o CEO da TIM, Alberto Griselli, mais de 500 sites foram descomissionados no quatro trimestre de 2022. A previsão é que mais 3 mil sites sigam o mesmo caminho ao longo deste ano, gerando economias com contratos de leasing e depreciação.
No ano passado, a inclusão das ERBs em balanço exerceu pressão sobre o lucro líquido da TIM, que recuou 43,5% em valores reportados. Um impacto negativo de R$ 820 milhões relacionado aos sites foi registrado a título de depreciação e amortização, ao passo que R$ 257 milhões em acordos de leasing adicional das torres também foram reconhecidos.