A Associação GSM (GSMA) enviou à Anatel, nesta sexta-feira, 10, um documento que sugere que a agência assegure que a designação da faixa do IMT-2000 no Brasil esteja de acordo com os padrões internacionais para evitar que os telefones celulares sofram interferência e que o espectro rádio-elétrico seja utilizado da maneira mais eficiente possível.
Segundo o vice-presidente sênior de políticas públicas da Associação GSM, Ricardo Tavares, a Anatel está considerando a possibilidade de atribuir parte do espectro da faixa do PCS de 1.900 MHz (1.850-1.910/1.930-1.990 MHz) para a tecnologia CDMA. ?Tal decisão impediria que o Brasil fizesse uso total da faixa principal de IMT-2000, definida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que é de 1.920-1.980 MHz, emparelhada com 2.110-2.170 MHz, que pode ser utilizada por todas as tecnologias de telefonia móvel 3G?, diz o executivo.
Para a Associação GSM, a utilização do chamado ?plano de faixas mistas? nessa seção do espectro provocaria interferências, perda da eficiência do espectro, incerteza por parte dos investidores de telecomunicações e a degradação da experiência futura dos usuários de 3G, independentemente da tecnologia. A GSMA aconselha que a agência siga seu plano de espectro existente baseado na faixa principal do IMT-2000 recomendada pela UIT.
A GSMA ressaltou que a faixa principal do IMT-2000 é neutra em relação à tecnologia, permitindo tanto a implantação de 3GSM quanto de CDMA2000, ao passo que a mudança para a combinação do plano das duas faixas (banda mista) prejudicaria os usuários, independentemente da tecnologia, provocando sérias interferências técnicas.
Para o executivo, a implantação de redes 3G no Brasil deve ser amplamente discutida com um planejamento de longo prazo do espectro. ?O ideal seria definir a regulamentação neste ano e planejar o leilão de freqüências para 2007?, afirma Tavares.