Dissolução da Telco pode facilitar posição da Telefónica junto ao Cade

Uma possível dissolução da Telco, maior acionista da Telecom Italia com 22,4% do controle do grupo italiano, poderia tirar um pouco da pressão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a Telefónica, reconheceu o CFO do grupo espanhol, Angel Villa, durante conferência de resultados do primeiro trimestre nesta sexta, 9.

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O órgão antitruste brasileiro determinou que a Telefónica não poderia adquirir a participação da Portugal Telecom na Vivo e, ao mesmo tempo, manter uma participação indireta na TIM Brasil, por meio da Telco. Como a operação na Vivo já aconteceu, a única alternativa seria a venda da participação na Itália. Assim, com a Telefónica proibida de comprar o restante das ações das sócias italianas na Telco, a companhia de seguros italiana Assicurazioni Generali anunciou que pedirá a dissolução da holding no próximo mês de junho.

"A nossa posição junto ao Cade pode ser de alguma forma, ou parcialmente, facilitada pela dissolução, mas quero reforçar que ainda não tomamos nenhuma decisão com relação a isso", disse Villa. Segundo o executivo, a dissolução em junho é uma possibilidade contida no acordo de acionistas da Telco, mas garante que a Telefónica ainda não recebeu nenhuma comunicação formal dos demais acionistas da Telco pedindo a dissolução. "Embora tenhamos visto algumas manifestações de nossos parceiros sobre isso, eles ainda não fizeram nenhuma comunicação formal e, por enquanto, claro, não teríamos nenhum problema em manter nossa posição acionária. Não temos presença no board da Telecom Italia e nunca tivemos nenhuma influência em assuntos do Brasil relativos à Telecom Italia", pontua.

700 MHz

O head de relações com investidores do grupo Telefónica, Pablo Eguiron, por sua vez, repetiu o discurso do diretor-geral da Telefônica Vivo no Brasil, Paulo Cesar Teixeira, de que ainda é muito cedo para se manifestar a cerca do leilão de 4G na faixa de 700 MHz.

"Se nos perguntassem se precisamos dele (dos 700 MHz) para o 4G esse ano, a resposta é não. Estamos desenvolvendo e lançando agressivamente nossa proposta de 4G no Brasil no espectro que já temos. Precisamos ser muito cautelosos", enfatizou Eguiron. Para ele, ainda há muitas incertezas em relação ao leilão. "As regras finais são esperadas para julho, com os preços mínimos incluídos. E também há algumas incertezas sobre qual vai ser o custo de limpeza da faixa e da migração da TV aberta em algumas das cidades. Está muito cedo para dizer (se participarão). Há muitas incertezas, mas estamos monitorando bem de perto", conclui.

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