Telemar registra lucro de R$ 1,1 bilhão em 2005

O grupo Telemar registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão em 2005, valor 48,3% maior que os R$ 751 milhões registrados no ano anterior. Somente no quarto trimestre o lucro líquido foi de R$ 416,4 milhões, 38,3% maior que os R$ 301 milhões do terceiro trimestre.
A receita operacional bruta do grupo cresceu 7% em 2005, atingindo R$ 23,68 bilhões. A receita líquida no ano passado foi de R$ 16,74 bilhões ? um aumento de 5,7% em relação a 2004. O Ebitda do grupo cresceu 3,58% na comparação anual, atingindo R$ 6,76 bilhões. A margem Ebitda, entretanto, caiu de 41,2% para 40,4%.
A receita bruta com telefonia fixa foi de R$ 20,93 bilhões em 2005. Desse total, R$ 12,1 bilhões foram provenientes de serviços locais, o que representa um crescimento de 4,8% em comparação com 2004. A receita com longa distância cresceu 3,6%, passando de R$ 3,66 bilhões para R$ 3,79 bilhões. O faturamento com ligações intra-setoriais e inter-regionais cresceram, enquanto em chamadas inter-setoriais e internacionais houve quedas. A maior redução foi na receita com chamadas internacionais, que caiu 24%, baixando de R$ 107 milhões para R$ 81,2 milhões.

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Merece destaque o crescimento de 28% na receita com comunicação de dados, que subiu de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,06 bilhões. Boa parte desse aumento se deve à elevação de 73,7% da receita do Velox, que passou de R$ 385,3 milhões para R$ 669,5 milhões. A base de clientes do serviço de banda larga da Telemar cresceu 62% em 2005, alcançando 805 mil usuários ? 74 mil conquistados apenas no quarto trimestre. A previsão para 2006 é de um crescimento entre 20% e 25% no número de clientes do Velox.
No ano passado, a companhia recolheu aproximadamente R$ 7,4 bilhões em impostos, o que significa 44% da receita líquida da companhia. ?Isso demonstra como o setor de telecomunicações está excessivamente tributado?, comentou o diretor de relações com os investidores da Telemar, Roberto Terziani.
A dívida bruta da Telemar ao fim de dezembro passado era de R$ 9,9 bilhões, montante 18% menor que aquele registrado no final de 2004. Desse total, R$ 6,4 bilhões estão em moeda estrangeira, dos quais 97% estão protegidos contra a variação cambial. A dívida líquida ao fim de 2005 era de R$ 6,1 bilhões, 8% a menos que no fim do terceiro trimestre.
Em 2005, o grupo Telemar investiu R$ 2,4 bilhões. Para 2006, a previsão é investir um montante similar.

Oi

O ano de 2005 foi o primeiro em que a Oi fechou no azul. A operadora móvel do grupo Telemar registrou lucro líquido de R$ 11 milhões. Em 2004, o prejuízo fora de R$ 488,6 milhões. O lucro em 2005 foi puxado especialmente pelo resultado no quarto trimestre, período no qual a operadora registrou um lucro líquido de R$ 11,2 milhões, impactado por uma revisão de provisão de impostos decorrente da incorporação da Pegasus pela Oi. Se não fosse essa provisão, o resultado no quarto trimestre teria sido um prejuízo de R$ 61 milhões e no ano um prejuízo de R$ 164 milhões.
A receita operacional bruta da Oi aumentou 25,4% em 2005, passando de R$ 2,99 bilhões para R$ 3,76 bilhões. Merece destaque o aumento de 62,8% na receita bruta com chamadas originadas, que atingiu R$ 964,5 milhões no ano passado. Serviços de dados e de valor adicionado também tiveram um crescimento significativo de 64,6% na receita, saltando de R$ 110,6 milhões para R$ 182,1 milhões.
A receita líquida da Oi cresceu 22,7% em 2005, passando de R$ 2,34 bilhões para R$ 2,87 bilhões. O Ebitda da companhia móvel mais que quadriplicou: saltou dos R$ 95,8 milhões registrados em 2004 para R$ 460,2 milhões. A margem Ebitda passou de 4,1% para 16,1%.
O resultado positivo da operadora móvel se deve, em boa parte, ao forte crescimento de sua base de clientes, que atingiu 10,3 milhões em dezembro passado. O aumento da base foi de 51% durante 2005, contra uma média de mercado de 31,4%. Somente no quarto trimestre, houve uma adição líquida de 1,4 milhão de clientes à sua base, o que, segundo a empresa, representou 41% do total na região onde atua. Para 2006, a empresa espera crescer em linha com o mercado, em torno de 20% ou 25%, informou Terziani.
O Oi Internet, provedor de acesso do grupo, por sua vez, encerrou 2005 com 1,4 milhão de clientes, sendo 1,26 milhão de acesso discado e 130 mil de banda larga.

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