IP domina a cena do maior evento de telecom dos EUA

As redes de próxima geração (NGN), triple play e voz sobre IP são os assuntos dominantes na Supercomm, feira e congresso de telecomunicações que acontece nesta semana em Chicago (EUA). Tudo caminha para o mundo IP. E os visitantes seguem pela mesma trilha. Palestras, lançamentos de produtos, painéis distribuídos pelos pavilhões da exposição e outdoors na cidade lembram a cara das redes do futuro. Sem banda larga não haverá avanço. O Brasil, ainda um passo atrás na implantação das novas plataformas, também mostra sua cara no evento, misturada com o público. Ocasionalmente se observa executivos de operadoras e fornecedores brasileiros circulando. Os fornecedores, ao contrário, escancaram seu leque de soluções.
O presidente e CEO da Cisco Systems, John T. Chambers, falou sobre como o novo modelo tecnológico e de negócios está mudando o perfil dos consumidores e como o uso da tecnologia pode aumentar a produtividade das empresas e o produto interno bruto de cada país. Disse que os investimentos nas inovações do futuro têm um forte impacto sobre a convergência das redes. Da receita de produtos da companhia em 2004, no total de US$ 17,8 bilhões, 48% são referentes ao mercado corporativo, 25% ao comercial e 27% a provedores de serviços – uma participação considerada expressiva.
Chambers acredita que o consumidor estará disposto a pagar mais por serviços de comunicações se estes tiverem valor para ele. Neste sentido, os provedores de serviços estão direcionando seus produtos para fontes eficientes e controle, como o caso do IP, apontou ele, que oferece inteligência, flexibilidade e adaptabilidade. O principal executivo da Cisco opina que no prazo de três a cinco anos as redes IP já estarão adaptadas e os aplicativos e serviços integrados. Essas novidades ainda demoram um pouco para chegar aos países em desenvolvimento.

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Integração total

Uma mostra do admirável mundo novo foi apresentada ao público com a demonstração de serviços que estão, por enquanto, só no imaginário dos consumidores que gostam de novidades tecnológicas. Serviços totalmente integrados, sejam corporativos ou de entretenimento, e com níveis de segurança para que cada usuário fique restrito ao que lhe está autorizado, seja na empresa ou na residência, estão amadurecendo no portfolio da Cisco. Para viabilizar parte dessa estratégia, a Cisco adquiriu, em outubro passado, a P-Cube, uma empresa israelense baseada em Herzliva e com escritórios em Sunnyvale, Califórnia. A P-Cube desenvolve plataformas de controle de serviços IP e pode monitorar o tráfego no layer 7. Isto significa que pode distinguir e identificar padrões de tráfego em caminhos que os roteadores tradicionais simplesmente não conseguem seguir. O principal benefício é justamente para os provedores, que podem monitorar seu nível de serviço e oferecer SLA pela detecção rápida de problemas na rede.

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