No centro de Porto Alegre, a operação da BR.Digital para manter dois datacenters funcionando

Barco transporta combustível para datacenters da BR.Digital no centro de Porto Alegre

Algumas histórias de como as redes de telecomunicações estão sendo mantidas em funcionamento no Rio Grande do Sul diante das dificuldades apresentadas pela mega-enchente que assola o Estado chegam a ser impressionantes. Um dos casos é o da Br.Digital, operadora de atacado e data centers, que atua em todo o Brasil mas que tem uma presença importante no Rio Grande do Sul.

Segundo Vander Furmaniak, VP comercial, um dos grandes desafios está sendo manter em operação dois dos data centers da empresa, localizados no centro histórico de Porto Alegre, em prédios cujo alagamento chegou ao segundo pavimento (o acesso é feito pela janela do terceiro andar, com escada, e sempre com a ajuda de barcos).

"Está tudo funcionando com base em gerador, e o diesel a gente leva todo dia de canoa, iça os toneis para o terceiro andar", diz ele. Por sorte, as fibras que chegam e saem do prédio seguem funcioando, mesmo inundadas, diz ele, mas os riscos são imensos. "A área (em volta do nosso prédio) está totalmente às escuras, sem segurança. É uma mistura de Mad Max com Walking Dead. A gente mantém a equipe e a operação porque foi um pedido das autoridades".

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"Nesse data center rodam vários serviços críticos, inclusive um sistema de pagamento para toda a Região Sul de um grande banco. Não podemos tirar do ar", diz ele. Uma das medidas foi reduzir as operações ao "modo emergência",  ou seja, apenas aquela lista de atividades críticas da BR.Digital. Ainda assim, são 58 clientes, entre bancos, serviços de governo, hospitais e empresas de energia. "Conseguimos um acordo com uma grande rede de CDN que rodava conosco para atender serviços de streaming, para desligar o serviço por enquanto, para economizar recursos", diz.

A BR.Digital mobilizou equipes, veículos e equipamentos de todo o Brasil para o Rio Grande do Sul, onde atende não apenas a capital mas várias cidades do interior. "Como a gente é rede de atacado, muitos operadores estão precisando da nossa infraestrutura porque perderam o backbone, então o tráfego e a demanda aumentaram muito inclusive nas regiões afetadas".

Confira algumas imagens e vídeos gentilmente cedidos pela empresa para ilustrar a operação de guerra montada:

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