Receita do setor de telecom aumentou com o 5G, segundo Ericsson

Foto: Pixabay

[Publicado originalmente no Mobile Time] A mais recente edição do Mobility Report, da Ericsson, publicado nesta terça-feira, 6, mostra que há uma correlação entre o aumento na penetração de assinaturas de serviços 5G e o crescimento da receita de provedores de serviços de comunicação (CSPs, na sigla em inglês) – ou seja, das operadoras e demais empresas de telecomunicações.

A análise tem como base os 20 mercados do mundo com maior penetração de assinaturas de 5G. Juntos, eles representam 85% das assinaturas de 5G do mundo. Todos eles têm penetração maior do que 15%, enquanto a média é de aproximadamente 20%.

Na fase inicial do 5G, investimentos em rede foram substanciais, com o aumento de capex do de 30%, entre 2017 e 2022. Após um período de crescimento fraco ou até mesmo queda, desde 2017, a receita das operadoras passou a expandir novamente, a partir do primeiro trimestre de 2021. O aumento médio da receita dessas companhias nos últimos dois anos foi de 6,5% – ou 3,2% por ano. A penetração de assinaturas de 5G começou a crescer cerca de um ano antes, no primeiro trimestre de 2021. No Brasil, o crescimento do 5G já é mais rápido do que com o 4G.

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Gráfico mostra correlação entre aumento da penetração de assinaturas de 5G e o crescimento da receita de CSPs (crédito: reprodução/Ericsson)

Observando a tendência da receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês), o relatório também aponta que há sinais positivos de estabilização e até crescimento, após um período de declínio, desde 2017. Essa mudança de tendência, a partir do início de 2020, é provavelmente o resultado da migração gradual dos consumidores para planos 5G de alto valor, segundo o documento. É ressaltado o fato de que aproximadamente 80% dos consumidores, nos 20 principais mercados 5G, ainda não mudaram para assinaturas 5G – o que destaca o potencial de crescimento contínuo de ARPU e receita.

"Ainda é cedo para o 5G, mas a análise dos 20 principais mercados 5G revela indicações claras de que os principais mercados são capazes de transformar a demanda dos clientes por serviços 5G em crescimento de receita", diz o documento.

Tipicamente, 30% a 35% das operadoras cobravam a mais por assinaturas de 5G, em relação ao 4G. Os dados mais recentes, no entanto, mostram que essa porcentagem caiu para 25%. Ainda assim, o relatório afirma que pode haver custos escondidos, entre os 75% dos CSPs que não cobram valores mais altos pelo serviço 5G. "A estratégia dos provedores de serviços se tornou levar o maior número possível de assinantes para o 5G, pois é a rede mais eficiente existente", aponta.

Gráfico aponta para estabilização do ARPU de CSPs, após aumento da penetração do 5G. (Crédito: reprodução/Ericsson)

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