Minicom tem estudo que não recomenda 3G no Brasil

O Ministério das Comunicações está muito perto de colocar a mão em um assunto complicado: a implantação de redes de terceira geração móvel no Brasil. O Minicom já tem em mãos um estudo do CPqD que recomenda, de maneira bastante clara, que o Brasil não estimule a implantação da 3G, ponderando que o País teria mais a ganhar se aguardasse e investisse esforços (inclusive de pesquisa e desenvolvimento) em tecnologias chamadas de "4G".
De fato, entre as tecnologias que o Minicom considera promissoras e que serão incorporadas a políticas públicas daqui para frente tanto em termos de universalização de serviços quando de P&D está a tecnologia WiMax, incluindo WiMax móvel, concorrente das tecnologias de 3G. Existe, no mundo, uma discussão bastante complexa sobre quais as melhores plataformas para serviços de banda larga móvel, e parte considerável da indústria e dos fabricantes acredita que o WiMax não conseguirá escala para competir com redes celulares de terceira geração. Por outro lado, grandes empresas, como a Sprint, apostam no WiMax.
A discussão está, portanto, ainda aberta, e nem mesmo as operadoras móveis no Brasil têm uma posição clara. O Minicom ouviu da própria Acel (associação das empresas de telefonia celular) que algumas teles querem a implantação da terceira geração e outras não. As próprias empresas passam para o mercado e para o governo sinais conflitantes, por vezes rechaçando investimentos em 3G, por vezes anunciando testes de campo com a tecnologia e abrindo processos de compra de equipamentos.

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O problema é que a Anatel tem a abertura do mercado de 3G como uma de suas prioridades e, inclusive, já mudou as regras de ocupação do espectro de modo a permitir que todas as faixas do SMP (Serviço Móvel Pessoal) se destinem a esta tecnologia. Vai ainda licitar faixas adicionais, que poderão ser utilizadas para 3G.
Ou seja, é grande o risco de Anatel e Minicom não se entenderem nesse aspecto em 2007, assim como aconteceu na questão dos editais para as faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz. Aliás, nesta segunda, 8, a Justiça de Brasília manteve a decisão liminar que permite às concessionárias participarem do leilão das faixas, contrariamente ao que buscava a Anatel.

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