Pular 3G não é boa idéia, diz associação

A recomendação do estudo desenvolvido pelo CPqD para o Ministério das Comunicações segundo o qual o Brasil não deveria estimular a implantação da 3G, ponderando que o País teria mais a ganhar se aguardasse e investisse esforços em tecnologias chamadas de "4G", não foi vista, obviamente, com bons olhos pela associação 3G Americas. Segundo o diretor da entidade para América Latina e Caribe, Erasmo Rojas, a mudança para futuras gerações da telefonia móvel deve ser uma evolução, e não uma revolução. ?O natural é que uma operadora de 2G evolua para a 3G, conheça os conteúdos e as aplicações que os assinantes querem ter. Não é uma boa idéia ir diretamente para a 4G?, pondera. Rojas argumenta que redes UMTS e HSDPA são mais adequadas para a América Latina já que são uma ferramenta que as operadoras precisam para avaliar os tipos de aplicações, conteúdos e os preços que serão melhor absorvidos pelos usuários. ?É preciso experimentar a aceitação antes de um lançamento em grande escala e a 3G permite às operadoras continuar com seus assinantes atuais e, ao mesmo tempo, começar a procurar novas fontes de receita além da voz tradicional.? Outro argumento é de que a diferença entre 3G e 4G é, basicamente, a velocidade de transmissão de dados e que é preciso dar oportunidade para as operadoras fazerem investimentos graduais em suas redes. ?Reconhecemos que não há um mercado muito grande na América Latina para isso, mas as operadoras precisam procurar aplicações típicas de 3G e também novos assinantes para aumentar a receita média por assinante (ARPU) que está relativamente baixa na região, em torno de US$ 11 a US$ 12.? Para ele, as velocidades da 4G não são necessariamente interessantes para o assinante, mas sim novos serviços como TV móvel, aplicações multimídia e serviços de localização, que não precisam de velocidades tão elevadas.
Mas o fato é que as operadoras não têm mais capacidade disponível no espectro atual para lançar novas aplicações e serviços sem comprometer a qualidade da operação para os usuários existentes, na opinião do diretor da 3G Americas.

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Ao final de dezembro de 2006, os assinantes de redes de 3G totalizavam 95 milhões de usuários UMTS/HSDPA. ?Hoje esse número já ultrapassa os 100 milhões e é um mercado em expansão?, diz Rojas. São 64 países com redes UMTS e 51 países com redes HSPDA em todo o mundo e a expectativa da 3G Americas é de que em 2007 as operadoras na América Latina e, talvez no Brasil, comecem a lançar serviços de 3G para os assinantes de maior poder aquisitivo e para empresas. Apenas quando os custos dos aparelhos baixarem, provavelmente em 2008, a entidade acredita que os serviços de 3G sejam estendidos para todos os assinantes na região.

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