Setor de telecom tem baixo crescimento em 2006, diz Abinee

A área de telecomunicações cresceu 7% neste ano com um faturamento de R$ 17,6 bilhões, muito aquém da previsão da Abinee (Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica) que esperava 11%. A indústria eletroeletrônica cresceu 14% comparado ao realizado em 2005 alcançando uma receita total de R$ 105,6 bilhões.
O destaque no setor de telecomunicações foram os terminais celulares, que aparece como o produto mais exportado, 22% a mais comparado a 2005, alcançando um faturamento de US$ 2,9 bilhões.
Para o vice-presidente da Abinee, Paulo Castelo Branco, o baixo crescimento do segmento de telecomunicações, bem menor que em 2005 quando alcançou 26%, foi resultado da falta de investimentos na infra-estrutura fixa e móvel, que não acompanhou a ampliação da base de celulares. Ele aponta como outros obstáculos os entraves aos leilões de 3G e WiMax, que atrasam a entrada de novas tecnologias e como conseqüência de novos investimentos.

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Na telefonia fixa o mercado ficou estagnado em 39 milhões de acessos e o faturamento caiu de R$ 6,5 bilhões no ano passado para R$ 5,5 bilhões neste ano. A base de ramais com tecnologia TDM caiu 5% enquanto os acessos ADSL tem crescido 55% ao ano assim como a tecnologia IP.
A produção de aparelhos celulares chegou a 74 milhões de unidades com um crescimento de 14% sobre o ano passado. O mercado interno consumiu 40 milhões de aparelhos e 34 milhões foram exportados. A indústria de aparelhos celulares registrou um faturamento de R$ 11 bilhões, enquanto o setor de infra-estrutura teve um faturamento de R$ 6,4 bilhões com uma queda de 4% sobre 2005. Esse resultado, segundo Castelo Branco, se deve à saturação da cobertura geográfica e do tráfego das redes celulares.
As maiores exportadoras de celulares são a Motorola e a Nokia. A primeira registrou um crescimento, de janeiro a novembro, de 39% sobre o mesmo período do ano passado e um faturamento de US$ 1,3 bilhão. Segundo Enrique Ussher, presidente da companhia, o crescimento se deveu a ampliação da exportação de celulares 2G e 2,5G para países da América Latina. A Nokia registrou um faturamento de US$ 1 bilhão em exportações, com redução sobre o ano passado devido a inauguração de uma fábrica no México.

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