Brasil Telecom estuda lançar IPTV também na rede de terceiros

Que as teles pretendem lançar modelos de IPTV no Brasil baseados em vídeo sob demanda, não é novidade. Mas a Brasil Telecom, que lança o serviço em setembro, deverá inovar. A operadora de telecomunicações já negociou com alguns programadores a possibilidade de oferecer canais inteiros sob demanda. Na prática, é um modelo parecido com a venda à la carte: o usuário paga a uma assinatura mensal e poderá assistir a determinados conteúdos de maneira ilimitada.

Expansão

Após o lançamento do serviço de IPTV em sua rede de par trançado de cobre (o que deve acontecer em setembro), a Brasil Telecom poderá oferecer futuramente o serviço em outras regiões, por meio de parcerias para uso de redes de terceiros. A operadora já está com tudo pronto para o lançamento comercial do serviço em Brasília. Na seqüência deverá ativá-lo em Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis, possivelmente ainda neste ano. O lançamento será gradual inicialmente para haver condições de garantir a banda, sem interrupções do sinal de transmissão da programação, explica o diretor adjunto de desenvolvimento de negócios e vídeo comunicação da BrT, Carlos Watanabe. Apesar de não divulgar as tarifas do novo serviço, o executivo disse que o usuário terá acesso mediante a assinatura de um pacote básico. O set-top box será fornecido por meio de comodato total, com devolução à operadora após encerramento do contrato. Mas poderá haver a exigência de um prazo de fidelidade do cliente.

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A plataforma tecnológica ADSL2 é fornecida pela UTStarcom e integrada pela NEC. Inicialmente estarão disponíveis 500 títulos para acesso via pay-per-view, entre filmes e tema adulto, ou para acesso por meio de assinatura de pacote. Mas Watanabe disse que o cliente, de uma forma geral, não pagará para assistir somente video on demand (VOD); em algum momento a operadora terá que oferecer também programação linear, o que não é viável pela regulamentação no momento.
O executivo participou do painel durante a ABTA 2007, em São Paulo, ao lado de Alexandre Fernandes, da Vivo, e José Luiz Volpini, da Oi. A Vivo, com seu serviço de streaming e VOD conta com uma base de 2,2 milhões de usuários, dos quais 67% este ano acessaram conteúdo on demand e 33%, ao vivo.

Modelo de negócio

Uma preocupação dos executivos é equacionar o modelo de negócios na plataforma com os produtores de conteúdo. Watanabe defende o modelo da ?cauda longa?, isto é, menos assinantes assistindo a mais programas. ?Ainda estamos tateando no mercado, negociando conteúdos de grandes programadores para entrar no sistema on demand, que é complementar não linear, e ao longo do tempo não escaparemos disto?, afirmou o executivo.
Volpini, da Oi, disse que neste semestre começará a colocar conteúdo dentro desta plataforma, e destacou como a música ajudou a estabelecer o conceito de venda isolada de conteúdo. ?Ninguém quer pagar para levar 15 músicas, mas sim R$ 2 para levar uma música. Este é o modelo de internet?, comparou ele, destacando que ?todo mundo patina? em relação ao vídeo na internet; ninguém sabe onde está o dinheiro.
Fernandes disse que a Vivo vende mais de 200 mil músicas completas por mês. ?Somos a maior loja de música da América Latina?, festejou, acrescentando que a venda por faixa musical é um excelente negócio. Mas destacou que é complexo formatar o conteúdo para celular e injusto cobrar do usuário. Citou o patrocínio como a melhor saída para não repassar custo.

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