Apenas o representante do governo do Estado de São Paulo, o secretário executivo de ciência e tecnologia, Lourival Carmo Mônaco, e o conselheiro da Anatel, Paulo Jaime Ziller, participaram da abertura da XVI edição da Telexpo, evento que reúne até quinta-feira, 440 expositores que estão distribuídos, neste ano, em apenas dois pavilhões do Expo Center Norte, em São Paulo.
Para Gabriel Rosa, diretor de marketing da Questex, a ausência de autoridades é conseqüência de um ano eleitoral. ?Mas isso poderia ser um benefício se os participantes se dedicassem efetivamente aos negócios e esquecessem as questões políticas?, afirmou.
Debate inicial
Apesar da pouca participação das operadoras nos painéis de debate, será difícil esquecer as questões políticas, já que os temas abordarão a definição da TV digital, inclusão digital, destinação dos recursos do Fust, universalização das telecomunicações, competição e como os marcos regulatórios vão abarcar as novas tecnologias de convergência.
Para Antonio Tavares, presidente da Abranet, é necessário repensar a lei de radiodifusão, definida em 1962, e a própria Lei Geral das Telecomunicações, para que abarquem a participação de mais empresas no mercado. ?Por que uma operadora não pode participar de uma empresa de radiodifusão, por exemplo??, pergunta Aloizio Byrro, vice-presidente da Siemens. Tavares destaca que seria necessária uma ampla discussão que envolveria a sociedade e o Congresso, ?mas isto se torna inviável em um ano eleitoral?.
Durante o painel de abertura ?Perspectivas Institucionais e dos Negócios de Telecomunicações?, Silvio Lemos de Meira, cientista-chefe do Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), destacou que em um futuro próximo não será mais necessária a existência de agências reguladoras para a definição do espectro, por exemplo. ?Os fluxos de informação serão definidos por softwares que serão enviados a um endereço e o canal pode ser qualquer dispositivo móvel que é produtor e receptor?, diz Meira.
