Furukawa testa modelo "pay-as-you-grow" com FTTH da Vivo e inicia parceria com tele mexicana

Foto: Pixabay.com

A Furukawa está viabilizando projetos de implantação de fibra de forma otimizada por meio de um novo sistema de cascatas para a rede no modelo "pay as you grow" ("pague à medida em que cresce", em tradução livre). A fabricante anunciou nesta quinta-feira, 6, um contrato com a operadora mexicana Izzi Telecom, do grupo Televisa, mas também informou que está participando de testes com a Telefônica/Vivo no Brasil.

De acordo com o presidente da Furukawa Latam, Foad Shaikhzadeh, a novidade é que o modelo permite uma otimização de Capex para a operadora. A solução pré-conectorizada no modelo "pay-as-you-grow" foi desenvolvida no Brasil pela empresa e permite que se atenda à demanda de forma mais precisa, em vez de ter que implantar uma rede total de homes-passed sem aproveitar a totalidade das residências disponíveis. "A Telefônica Brasil está fazendo a mesma tecnologia aqui, fazendo um trial em Brasília e completando na semana passada um segundo trial em Uberlândia", disse o executivo em conversa com jornalistas.

O sistema permite a implantação em rede externa de forma parecida com a de infraestrutura interna. "Se instalar a fibra em um prédio para um só cliente e quiser mais, pode colocar uma caixa que viabiliza para mais clientes em vez de refazer tudo. Estamos levando esse conceito também para a rede externa, permitindo instalar de acordo com a demanda. E isso diminui o Capex, colocando a rede onde precisa", declara.

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Shaikhzadeh explica que a operadora brasileira está implantando a rede de fibra "do zero" em cidades novas, ao contrário do caso no México, onde a Izzi pretende substituir a infraestrutura legada em coaxial. A operadora mexicana tem maior participação em TV a cabo, mas também provê serviços de telefonia e Internet, contando com um backbone de 30 mil km de fibra e uma rede de 77 mil km de cabo coaxial.

O contrato de dois anos e e US$ 50 milhões com a Furukawa tem previsão de início em janeiro, quando começará a converter a rede HFC na cidade de Monterrey, onde a Izzi comprou uma tele local. Com isso, pretende implantar uma infraestrutura FTTH para substituir 8 mil km de cabos, 1,6 milhão de homes-passed e 800 mil homes-connected. Os equipamentos serão fornecidos também pela Nokia, Huawei e ZTE, com a instalação da Nokia e Huawei. "Como a operação é recém-adquirida, parte da rede é aérea e parte subterrânea, e por isso nos escolheram, porque temos vários tipos de cabos e treinamos as equipes, ajudando a fazer levantamentos de campo e construindo a rede paralela, à medida em que se torna disponível,.

"No México está acontecendo algo que já ocorre nos Estados Unidos, e acreditamos que na Net no Brasil também", declara, explicando que a rede coaxial poderia perder competitividade frente à FTTH. O presidente da Furukawa Latam diz que a tendência do avanço das redes de fibra na última milha é uma realidade não só com os provedores regionais no mercado brasileiro (responsáveis por cerca da metade das vendas da empresa), mas também com as grandes. "A Claro tem preocupação de começar as redes FTTx. Ela tem uma indústria de cabos dentro do grupo, mas não tem a produção de acessórios, então estamos qualificados em todas. A TIM também tem rede FTTH, assim como a Claro, Telefônica e a Oi, então imaginamos que as quatro vão acelerar nessa infraestrutura", espera.

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