Durante a comemoração de 25 anos de sua presença no Brasil, em evento realizado em Brasília nesta terça, dia 5, a Huawei recebeu uma manifestação pública de simpatia do governo Lula. Desde que o presidente Lula esteve na China e visitou a sede da empresa, com direito a fotos e postagens em redes sociais, estava explícito que o Brasil, na nova administração, havia abandonado qualquer traço de animosidade em relação à China, ao contrário. Mas nesta terça, Paulo Pereira, secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, ligado à Presidência da República, foi mais longe.
Segundo ele, o presidente Lula "fez questão de incluir" o representante da Huawei no Conselhão (trata-se do vice-presidnete de relações institucionais da empresa para a América Latina, Atílio Ruilli, que tem assento no conselho) e, ainda em suas palavras, "o presidente da República quer, precisa e confia em tudo o que a Huawei pode dar ao Brasil", disse, tendo a presença na plateia do embaixador da China no Brasil, Zhu Qiangqiao. O embaixador, da mesma forma, retribuiu as manifestações de apreço e proximidade entre os dois países.
O CDESS também deve firmar uma parceria formal com a Huawei em breve, para auxiliar em atividades relacionadas aos temas de tecnologia e sustentabilidade. Nas áreas de tecnologia e comunicação, explicou Paulo Pereira, o conselho tem hoje um grupo de trabalho em fase de conclusão de um estudo, a ser entregue ao presidnete Lula, para um plano relacionado ao setor.
Futuro
Em sua fala durante o evento, o CEO da Huawei no Brasil, Sun Baocheng, não entrou em mensagens políticas e reforçou a visão da Huawei para a evolução tecnológica nos próximos anos. Para Sunbaocheng, a união de altas capacidades, alto poder computacional e processamento em núvem são hoje os grandes desafios das empresas de telecomunicações, questões que navegam em paralelo a uma crescente preocupação com sustentabilidade energética.
Para o CEO da Huawei, a fase de transição do 5G para o 6G já começa a endereçar estas questões. O chamado 5G Advanced, ou 5.5G, derá, na visão da Huawei, uma resposta necessárias às novas demandas das empresas por tecnologia e conectividade.
Ele aproveitou e enumerou a dimensão da Huawei no Brasil hoje: mais de R$ 7 bilhões pagos em tributos nos últimos 5 anos; R$ 6,3 bilhões em aquisição de hardware e software no mesmo período; R$ 500 milhões em investimentos desde 2009, sendo metade em produção e metade em P&D; mais de 1 mil empregos diretos e 16 mil indiretos hoje; dois centros de produção, cinco escritórios regionais e 11 centros logísticos.
