SES prevê crescimento da TV linear, apesar dos serviços sob demanda

Embora os serviços de conteúdos sobre redes de banda larga (over the top, ou OTT) e os serviços de vídeo sob demanda (VOD) sejam as estrelas da IBC (boa parte dos expositores abordará estes temas), ainda há muito espaço para o crescimento da TV linear, ou seja, par a expansão do número de canais e de assinantes. Esta é a opinião expressada por Ferdinand Kayser, chief commercial officer da operadora de satélites SES, em apresentação nesta quinta, 6, em Amsterdã.
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Segundo ele, há hoje no mundo cerca de 30 mil canais de TV, sendo 4,7 mil e HD, e a projeção é de que haja 45 mil canais em 2020, 75% dos quais em HD. O crescimento, diz, virá principalmente dos países emergentes, e puxado pelo crescimento do DTH (TV via satélite), que já supera o cabo na maior parte das regiões do mundo (inclusive no Brasil).
Para Kayser, as telcos, antes vistas como competidoras pelos provedores de satélite, hoje tornaram-se seus clientes, com a oferta de serviços híbridos de DTH e banda larga. "Este modelo híbrido é a combinação perfeita", disse.
IP
Kayser conta que um dos desafios dos provedores hoje é fazer o sinal de TV chegar a todos os devices da residência, além da TV, como computadores, tablets etc. Isso está sendo feito através de set-tops que convertem o sinal DVB-S recebido do satélite em um streaming IP distribuído dentro da residência. Mas ele diz que está em desenvolvimento um LNB IP, que transformará o sinal em dados já na própria antena, distribuindo pela casa um sinal puramente IP. 
Emergentes
O foco da SES para os próximos anos, como não podia deixar de ser, está nos países emergentes. A empresa tem seis lançamentos de satélites programados até 2014, inclusive o SES-6, que atenderá principalmente o Brasil, e que segundo Kayser já está com parte da capacidade vendida e deve ser quase todo ocupado (reservado) antes mesmo do lançamento. O executivo contou que 80% da capacidade dos novos satélites será ocupada pelos países emergentes. De dois a quatro outros satélites devem ser lançados após 2014 apenas para a América Latina e Ásia. 
Entre os "puxadores"de demanda estão a HDTV e a ultra alta definição, que exigirá mais capacidade e processamento. Kayser diz que as Olimpíadas do Rio, em 2016, serão o momento ideal para experimentar e promover esta nova tecnologia.

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