A dificuldade de conseguir linha de crédito na hora de investir em infraestrutura é um dos grandes desafios dos provedores de Internet (ISPs) regionais. A percepção, manifestada durante a ABTA 2015, é de que, apesar de serem empresas com potencial para ajudar em programas de universalização de banda larga, não há apoio por serem negócios pequenos, exigindo que elas utilizem recursos próprios "na base da porrada", conforme explica o presidente do ISP do interior paulista Life, Luis Eduardo Martins.
"Recorremos a bancos locais, usamos linha do BNDES para comprar fibra, e é isso que muitos provedores fazem, assim que conseguem capitalizar", explica. Ele lamenta que o governo não tenha feito esforços para criar condições para o setor quando havia uma situação econômica melhor. "Não fizeram nem o backbone nacional, conforme prometido pela Telebras, que não foi feito de forma adequada, não usaram recursos disponíveis e nunca tivemos do BNDES uma linha adequada, a não ser para as grandes operadoras", detalha.
Não é só em fibra que há dificuldade para conseguir crédito. Segundo o consultor Alexandre Britto, a grande queixa para os ISPs associados é no investimento para adquirir equipamentos, como o set-top box e modems. "Conseguimos financiamentos com bancos locais, mas é por isso que insisto que, para começar, é preciso um equipamento bem baratinho", sugere.
"Financiamento é importantíssimo, mas não estamos parados esperando que isso aconteça", declara o presidente da Abrint, Erich Matos Rodrigues. Ele reclama que, fora empréstimo no BNDES, que é um dinheiro que volta ao governo, os ISPs não podem contar com iniciativas como o regime especial de tributação da banda larga (REPNBL). "O Tesouro entendeu que os provedores, que são quase 70% ou 80% participantes do Simples (regime de tributação), já tinham incentivo tributário e não deveriam participar. No nosso entendimento, isso é equívoco, porque (o REPNBL) é desoneração na aquisição de equipamentos, não tem tributação diferente", declara.
Bom dia, Estamos aqui no rio grande do sul, e estamos com a mesma dificuldade.
Precisamos de força para cobrar junto ao governo, o plano nacional de banda larga.
Att
Pedro Fontela
A Telebras , não existe…é uma instituição falida.