FCC desiste de negociar regulamentação da internet

As autoridades do governo americano desistiram de se reunir com lobistas para garantir uma regulamentação da internet sem prejudicar as empresas de telecomunicações do país. A Federal Communications Commission (FCC), órgão regulador das comunicações nos Estados Unidos, e as maiores companhias de internet e telecomunicações vinham discutindo formas de dar à FCC poder de "polícia da internet", sem a necessidade alterações nas regras do setor, mas um suposto acordo entre o Google e a operadora de telefonia Verizon fez com que os agentes do governo suspendessem as negociações.
O acordo, segundo notícia que circula na imprensa americana, permitiria que a Verizon vendesse ao Google velocidade de carregamento de conteúdo na internet mediante pagamento, o que daria prioridade aos vídeos ou fotos, por exemplo, publicados em sites do Google. Na opinião de especialistas, isso seria uma forma de garantir a imparcialidade na internet, pois se transformaria num ambiente pura e simplesmente corporativo. Por outro lado, observa-se que essa prática exclui as pequenas empresas e as start-ups, consideradas essenciais para a transformação contínua da web.
Para o presidente da FCC, Julius Genachowski, esse tipo de negociação é "inaceitável", pois "mina o livre acesso de pessoas, empresas e investidores à internet".

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Segundo fontes próximas ao governo dos EUA, a FCC teria afirmado, nos bastidores do Congresso Americano, que o Google e a Verizon ignoraram a busca pela neutralidade da rede, tema central das reuniões, por isso encerrou as negociações abruptamente. O site de buscas e a operadora negam qualquer acordo ou reunião citada pela imprensa do país.
As reuniões com os lobistas também foram duramente criticadas por especialistas e observadores do setor. Alguns órgãos de defesa do consumidor e representantes de pequenas e médias empresas de internet criticaram o caráter secreto dos encontros e exigiram ter acesso ao que vem sendo tratado entre a FCC e as operadoras de telecomunicações. As reclamações, em sua maioria, afirmam que Genachowski, presidente da FCC, desrespeita a política de transparência da gestão Obama e se preocupa mais em não ferir os interesses das grandes corporações do que em defender os direitos dos consumidores. Com informações do New York Times e The Wall Street Journal.

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