A TIM Participações registrou um prejuízo líquido de R$ 144 milhões no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado a operadora teve resultado negativo de R$ 125,5 milhões. No quarto trimestre de 2008 a empresa havia apresentado lucro líquido de R$ 384 milhões.
A receita bruta da TIM entre janeiro e março deste ano foi de R$ 4,21 bilhões, praticamente a mesma verificada um ano antes: R$ 4,22 bilhões. Houve queda no faturamento com voz, assinatura e uso de rede (interconexão), compensada por um forte aumento da receita com serviços de valor adicionado (SVA). A receita com voz e assinatura baixou 3,8% na comparação anual entre trimestres, caindo para R$ 1,88 bilhão. A redução é explicada pela companhia em razão da queda do mix de pós-pagos, que baixou de 20,8% para 17,1% em um ano. O mesmo motivo serve para explicar a diminuição de 5% na receita de uso de rede, já que o tráfego entrante de pós-pago é em média duas vezes maior que o de clientes pré-pagos.
O aumento da receita com SVA foi o destaque positivo do balanço da companhia. Esse segmento respondeu por um faturamento de R$ 429,7 milhões, valor 31,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O fatueramento com SVA representou 11,2% da receita bruta de serviços no primeiro trimestre. Um ano antes, a participação era de 8,4%. Uma das razões para o crescimento é o aumento da base de assinantes de banda larga móvel, serviço que respondeu por 80% da receita de SVA nesse primeiro trimestre.
Base
A TIM encerrou o trimestre com 36,1 milhões de clientes, sendo 29,9 milhões pré-pagos. Houve um crescimento de 11% da base em comparação com março de 2008. No entanto, em doze meses, seu market share no Brasil caiu de 25,9% para 23,5%. É importante lembrar que a TIM realizou uma limpeza em sua base de assinantes nos dois primeiros meses de 2009, desconectando cerca de 1 milhão de clientes inativos, especialmente pré-pagos.
A receita média mensal por usuário (ARPU) foi de R$ 26 em média no primeiro trimestre. Isso representa uma queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a ARPU fora de R$ 29,5. Uma das razões para a queda foi a redução do mix de pós-pagos na base da operadora.
Gastos, dívida e investimento
Merece destaque a redução de 50% nos gastos com provisão para devedores duvidosos. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, esse gasto caiu de R$ 272 milhões para R$ 134 milhões. A razão foi um impacto negativo não recorrente no canal de televendas no primeiro trimestre de 2008, assim como a adoção de uma análise de crédito mais rigorosa ao longo do segundo semestre do ano passado.
A dívida bruta da companhia era de R$ 3,47 bilhões ao fim de março, sendo 65% de longo prazo. Com a empresa tinha disponível em caixa R$ 456 milhões, sua dívida líquida era de R$ 3,02 bilhões.
A TIM investiu de janeiro a março R$ 194 milhões. Desse total, 55% foi destinado às áreas de rede e TI,por conta da expansão da cobertura 3G e GSM da operadora.
