O m-commerce deve ser uma realidade no Brasil em dois ou três anos. Este foi um consenso a que chegaram os debatedores do painel "M-commerce: o uso do celular no varejo", durante o III Tela Viva Móvel, que acontece até esta quinta, 7, em São Paulo. Para o gerente de desenvolvimento de produtos VAS da TIM Brasil, Vicenzo Di Giorgio, a união entre o celular e o e-commerce faz todo o sentido agora que a penetração de celulares no Brasil é elevada e torna o serviço viável. Um dos problemas a ser enfrentado é a barreira psicológica que os usuários têm com relação à segurança das transações. "Não é fácil começar, mas com valores baixos de produtos e serviços podemos conquistar a confiança dos usuários", explica Di Giorgio.
Atualmente, a TIM já oferece recarga de créditos pré-pagos e a compra de ringtones e jogos através do próprio celular, por meio do SMS para usuários pré-cadastrados.
A VisaNet testa também a recarga de créditos pré-pagos pelo celular com as operadoras Claro e Vivo-SP. De acordo com o gerente de desenvolvimento de produtos da VisaNet, João Roberto Pagliuso, o sistema também envolve um pré-cadastramento do usuário, mas a recarga é feita usando as URAs das teles. Na opinião de Pagliuso, a grande barreira é a definição de um modelo de negócios.
Para o CEO da EverSystems, Marco Aurélio Garib, é uma questão de acomodação dos interesses das partes envolvidas: operadoras, instituições financeiras e empresas "merchants". "No aspecto tecnológico já está resolvido. É preciso encontrar um modelo de negócios e fazer um marketing de estímulo dos usuários", pondera Garib. Segundo ele, a EverSystems investiu cerca de R$ 12 milhões nos últimos cinco anos no desenvolvimento do mobile commerce no País e a empresa vem negociando com operadoras e instituições financeiras para o lançamento de uma rede de m-commerce.
