Um dos maiores obstáculos para o avanço dos serviços de mobile banking no Brasil é o alto preço cobrado pelas operadoras aos usuários finais. A opinião é unânime entre representantes de três grandes bancos presentes na manhã desta quarta-feira, 6, ao III Tela Viva Móvel: Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander. ?O modelo de tarifação precisa ser revisto pelas operadoras se elas quiserem massificar o uso do mobile banking?, aconselhou João Bezerra, diretor gerente do Itaú. ?A redução da tarifa para o usuário final é fundamental?, afirmou Tarcísio Dalvi, superintendente nacional de estratégia de canais da Caixa.
Atualmente, uma transação bancária via celular custa em torno de R$ 0,60. Mas os preços podem variar muito de operadora para operadora e de banco para banco. Porém, nem mesmo as tarifas mais baratas daqui se comparam com aquelas praticadas na Coréia, onde as operadoras cobram apenas US$ 0,08 por mês para uso ilimitado de mobile banking.
Os representantes dos bancos brasileiros criticaram também a dificuldade de uso do serviço, que às vezes requer muitos cliques para ser acessado. Outra reclamação é a falta de roaming de dados entre as operadoras.
Fórum
O superintendente de internet do Santander, Massayuki Fujimoto, apontou a falta de padronização tanto no modelo de negócios quanto na segurança dos serviços como uma forte barreira para o mobile banking atualmente no Brasil. ?É preciso reforçar a certificação digital. E o melhor caminho é através do uso de um chip?, explicou o executivo.
Para resolver o problema da falta de padronização, Fujimoto propôs a criação de um fórum que reúna bancos, operadoras e desenvolvedores. Ele pretende iniciar as discussões em breve e alcançar as primeiras resoluções de padronização ainda este ano.