Fixas saem perdendo com reajuste das móveis

As concessionárias locais saíram perdendo no reajuste das tarifas móveis. Isso se deve ao fato de a VC-1 (que é composta por VU-M + TU-RL + delta) ter aumentando menos que a VU-M. Trocando em miúdos: a margem que fica com as teles fixas aumentou em números absolutos, mas diminuiu proporcionalmente em relação à VU-M na composição da VC-1. Agora é preciso que cada operadora fixa faça as contas para saber se a nova margem cobre ou não seus custos.
A principal reclamação das concessionárias locais na discussão que antecedeu a decisão da Anatel era que, em alguns casos, dependendo do estado, da hora do dia e da companhia móvel em questão, o que lhes era repassado por uma chamada fixo-móvel sequer cobria os custos da chamada.
Uma fonte do mercado ligada às teles fixas lembra que há custos que foram pouco comentados no debate, como o de transporte da ligação de uma área local de telefonia fixa até o ponto de interconexão com a operadora móvel, o que, não raro, requer o uso de infra-estrutura de longa distância. Além disso, o custo de faturamento por ligação é de R$ 0,08, o que diminui bastante a margem em chamadas de curta duração. Em média, uma chamada fixo-móvel dura apenas 100 segundos.

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Na composição antiga da tarifa, a margem reservada às fixas seria de R$ 0,02, que, somada à TU-RL, totalizaria R$ 0,075. Mas na prática a margem ficava abaixo disso, por causa das diferenças nas tarifas de público de acordo com o horário do dia e do local de origem da chamada. ?O ideal seria que as fixas ficassem com R$ 0,082, incluindo a TU-RL?, calcula a fonte.

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