Com fibra, Oi TV atuará "seletivamente" no mercado de cabo

A estratégia de expansão para o serviço de TV paga da Oi passa pelo uso combinado de diferentes tecnologias. Mas uma coisa parece estar clara: mesmo que a Anatel retome o processo de outorgas de cabo, a empresa não deve ampliar o número de concessões para todas as cidades em que atua. Segundo Pedro Ripper, diretor de inovação tecnológica e estratégia da Oi, a empresa pretende solicitar seletivamente as outorgas, e utilizar redes de fibra ou serviços de IPTV por redes xDSL para levar serviços avançados a clientes de maior poder aquisitivo. "A lógica é pedir licenças de cabo onde houver demanda por serviços mais sofisticados", disse.
Segundo apurou este noticiário apesar do discurso de múltiplas tecnologias, a Oi aposta principalmente no acesso por fibra para combater a concorrência da Net nas praças em que não tem rede HFC.
Segundo Pedro Ripper, é por estas redes avançadas que serão ofertados serviços de vídeo sob demanda, alta definição e possivelmente conteúdos 3D. "Teremos também, em breve, uma caixa híbrida de DTH e que receba conteúdos pela rede IP", diz, indicando uma estratégia semelhante à que a GVT pretende adotar. Esse deve ser o caminho da Oi TV para sua rede ADSL. "Tudo é uma questão das taxas de transmissão que a gente consiga viabilizar com fibra ou com o par de cobre".

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Outra estratégia da Oi é oferecer, em breve, uma caixa com recepção dos canais da banda C conjuntamente com o sinal da banda Ku, o que a Via Embratel já oferece. E também está nos planos uma caixa com um módulo de recepção dos sinais abertos de TV digital em alta definição, como faz a Sky.
Ripper diz que a Oi ainda aposta que o PLC 116/2010, que altera o marco legal da TV por assinatura, seja aprovado rapidamente, mas reconhece que mesmo ela teria que fazer algumas alterações na grade de canais para se adaptar às cotas. Vale lembrar que a Oi não leva os canais Globosat, o que reduz o número de canais brasileiros disponíveis no line-up em comparação com outras operadoras de DTH e cabo. Segundo Ripper, a empresa continua aberta à distribuição de todos os conteúdos e a definição depende apenas de negociação e ajustes ao modelo de preços da Oi TV. "Seria ótimo, por exemplo, ter o sinal da TV Globo, para dar mais comodidade ao cliente, mas isso está vinculado a uma negociação com a Globosat". Ele ressalta, contudo, que a Oi não tem nenhuma intenção de atuar além da distribuição do conteúdo e não deve entrar na disputa por direitos ou conteúdos com nenhum canal de programação. "As iniciativas que temos na área de conteúdos são meramente laboratoriais e os investimentos são mínimos, apenas para estimular o mercado de produção a produzir conteúdos transmídia", diz, em referência aos pitchings e outras iniciativas da Oi na área de programação.

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