A Oi está, aos poucos, voltando a acelerar a expansão dos seus serviços de TV por assinatura em DTH. Segundo Pedro Ripper, diretor de desenvolvimento tecnológico e estratégia da Oi, os primeiros movimentos da operadora no mercado mostraram "uma demanda avassaladora", o que fez com que a empresa diminuísse o ritmo para ajustar o lançamento do serviço em todas as cidades. "Passamos pelo processo de fusão em 2009 e pelo processo de racionalização da companhia agora em 2010, e isso também impediu que a nossa estratégia para TV paga fosse intensificada". Ele explica que para 2011 a expectativa é de retomada do crescimento do serviço.
Algumas estratégias já estão sendo colocadas em prática. A primeira é a expansão da cobertura territorial do serviço. Apesar de o sinal estar disponível para todo o Brasil, hoje apenas clientes do Rio de Janeiro, Minas, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Espírito Santo podiam contratar o serviço OiTV. A partir desta semana, o serviço chegará aos estados de Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, e até o começo do ano que vem (primeiro trimestre) deve estar disponível em todo o Brasil, incluindo São Paulo.
A estratégia de lançamento nos novos estados mostra a retomada da política de descontos promocionais. O serviço Oi TV começa com um custo do pacote básico de R$ 34,90 por um ano (depois, o preço regular é de R$ 49,90). Esse é o valor para assinantes do serviço de telefonia fixa da Oi, mas estão sendo preparadas promoções específicas para clientes do Oi Conta Total (clientes dos serviços de voz, dados e celulares da operadora). O Oi Conta Total, conforme adiantou este noticiário, deve chegar à região 2 (da antiga Brasil Telecom) nos próximos dias.
Para os pacotes adicionais (que podem ser agregados livremente) os valores seguem os mesmos: R$ 14,90 para o intermediário, R$ 19,90 para os canais HBO, R$ 29,90 para HBO + MaxHD e R$ 39,90 para o pacote com os canais Telecine.
A Oi tem hoje cerca de 300 mil clientes de TV por assinatura (no último balanço, de junho, foram declarados 265 mil), dos quais 75% na tecnologia DTH e cerca de 80% assinantes também do serviço de telefonia fixa. Segundo Pedro Ripper, não é errado afirmar que a estratégia de TV paga começou como uma estratégia de defesa da base de clientes de voz, mas ele acredita que esse é um mercado de forte potencial de crescimento de receitas. "Temos um foco convergente, nos quatro serviços, e esse valor que pretendemos agregar aos nossos usuários".
