Independente da atual discussão da separação das redes (a exemplo da British Telecom, na Inglaterra, e Telecom Italia por imposição do órgão regulador), a estratégia da Brasil Telecom, segundo Dante Nardelli Junior, diretor de tecnologia e planejamento técnico da operadora, é a agregação de serviços. ?O usuário quer uma experiência única de um provedor de serviços?, disse o executivo. Entre as ofertas convergentes da companhia, ele destaca o Único, aparelho que funciona como telefone fixo e celular.
Durante apresentação na Futurecom 2006, Nardelli mostrou uma pesquisa que aponta que a margem de churn mundial decresce conforme as empresas vão convergindo ofertas. As operadoras que só oferecem voz, por exemplo, têm 3% de churn; contra 2,5% nas empresas que oferecem vídeo e dados; 1,8% para dados e voz, 2,3% para vídeo e voz; e menos de 1% em empresas que oferecem vídeo, dados e voz. Segundo o executivo, uma operação única traz redução de custos operacionais, atende a exigências do mercado e tem diferencial competitivo. ?Com a retração do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) é necessário cada vez mais combinar serviços, e o assinante vê valor na oferta?, afirmou Nardelli.
Uma das apostas da Brasil Telecom para redes convergentes é a arquitetura IMS (IP Multimedia Subsystem) com a migração de infra-estruturas para a arquitetura IP, o que ainda não tem prazo definido para acontecer. Outra aposta é levar fibras ópticas na casa do cliente, tanto corporativo quanto doméstico. No início do ano a empresa vai lançar duas RFI (Request for Information): uma para a arquitetura IMS e outra para uma rede de óptica passiva. ?Vamos avaliar como está o mercado nos dois segmentos, ver o que os fornecedores podem oferecer e o nível de investimento requerido?, informou Nardelli. Segundo o executivo, os usuários requerem cada vez mais banda e com a fibra óptica será possível ampliar a oferta de serviços da operadora com internet, IPTV, voz, etc.
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