A Portugal Telecom (PT) divulgou na quinta, 4, na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa, um despacho no qual afirma que a Telemar Norte Leste não poderá votar na assembleia geral extraordinária da PT marcada para a próxima segunda-feira, 8. No despacho, afirma que a relação entre a PT e a Telemar, "neste momento, pode configurar, objetivamente, um conflito de interesses, alheio ao contrato de sociedade". Por conta disso, a brasileira poderá até participar da reunião, mas não terá o direito a voto. A reunião serve para referendar os novos termos do acordo de fusão entre Oi e PT. A reunião visa definir o acordo de troca de ações entre portugueses e brasileiros para dar progresso ao processo de fusão. Os termos definitivos foram anunciados no final de julho, trazendo já ajustes para acomodar a situação de default da Rioforte, holding do grupo Espírito Santo, que recebeu empréstimo de 897 milhões de euros da Portugal Telecom e não pagou.
O comunicado destaca ainda que a assembleia só pode deliberar se estiverem presentes ou representados acionistas que tenham pelo menos um terço do total do capital social da empresa em ações. Para a aprovação da proposta, é necessária ao menos a maioria de dois terços dos votos.