Telecom Italia confirma possível fusão com a operadora móvel 3 Italia

Em um cenário de pressão cada vez maior por parte dos acionistas para melhorar a rentabilidade da Telecom Italia, o grupo, que no Brasil controla a TIM, não está descartando nenhuma possibilidade. A mais nova tentativa para reduzir parte de sua pesada dívida líquida, que encerrou 2012 em quase 28,3 bilhões de euros, é uma possível fusão entre sua divisão de telefonia móvel doméstica e a quarta operadora móvel italiana em base de clientes, a 3 Italia (também conhecida como H3G), controlada pelo grupo baseado em Hong Kong, Hutchison Whampoa.

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Em comunicado enviado ao mercado nesta sexta, 5, a Telecom Italia confirmou que "está em curso um contato preliminar com o grupo Hutchison Whampoa para o estudo de uma possível integração com a 3 Italia" e que o estado "absolutamente embrionário e preliminar do contato" impede a companhia de fazer qualquer comentário adicional.

O assunto, todavia, ainda segundo o comunicado oficial, será tratado na próxima reunião do conselho de administração da Telecom Italia, agendada para o próximo dia 11.

Dificuldades

Vale lembrar que a Telco, empresa controlada pela Telefónica e que detém mais de 20% do capital da Telecom Italia (o maior acionista individual), rejeitou no final do ano passado uma oferta de injeção de capital de 3 bilhões de euros do empresário egípcio Naguib Sawiris. E a Telco pode perfeitamente se colocar também contra essa fusão com a 3 Italia.

O negócio necessitaria também de aprovação dos órgãos reguladores italianos, uma vez que poderia diminuir a competição no mercado móvel daquele país. A Itália tinha ao final de dezembro, segundo dados da Agcom, órgão regulador italiano, 92,78 milhões de linhas móveis em serviço. A líder de mercado era a Telecom Italia, com 34,7% dos acessos; seguida pela Vodafone, com 31,7% de participação de mercado; Wind, com 23,4% de share; e 3 Italia, com 10,3%.

O grupo estudava a venda de sua unidade de mídia, a Telecom Italia Media, mas acabou por vender apenas uma emissora de TV que fazia parte dos negócios do grupo, a La7, à Cairo Communication; e ainda estuda a venda de sua infraestrutura de cobre, avaliada em 15 bilhões de euros.

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