A Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda de 8 mil torres fixas da Oi para a Highline. Datado da quarta-feira, 4, o parecer do superintendente-geral do órgão, Alexandre Barreto de Souza, destaca que a "sobreposição horizontal verificada na operação não é capaz de suscitar maiores preocupações concorrenciais", e por isso, não acarreta prejuízos.
Na justificativa, a Highline – por meio da subsidiária NK 108, por sua vez também controlada pelo Grupo DigitalBridge – afirma que a aquisição das torres não a faz extrapolar o patamar de 20% de participação no mercado no Brasil. Argumenta a ainda que, com a operação, vai ampliar a infraestrutura e capacidade de oferta de soluções em telecomunicações para todo o Brasil.
Já para a Oi, a venda está em linha com o plano estratégico de transformação das operações, visando o "fortalecimento de sua atuação no fornecimento de serviços de atacado por meio da oferta de conectividade em rede de fibra óptica, em um modelo de rede aberta e neutra". Diz ainda estar alinhado ao aditamento ao plano de recuperação judicial, ainda que o processo tenha sido encerrado no final do ano.
A operação de venda das torres, a segunda entre as duas empresas, foi anunciada no início de outubro do ano passado e concretizada no mesmo mês, em um leilão sem concorrência, por R$ 1,697 bilhão. O propósito da Oi é, naturalmente, injeção de caixa para melhorar a saúde financeira da operadora.