Telefônica assina acordo com Escola Politécnica da USP para smart city

Em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), a Telefônica/Vivo assinou nesta quinta-feira, 4, um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de um projeto de smart city aproveitando o campus da universidade paulista. Prevista para ser implantada no primeiro trimestre de 2015, a iniciativa – que não teve o investimento revelado – prevê a criação de um laboratório para desenvolvimento de projetos e metodologias e estudos de projetos piloto de cidades inteligentes.

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O laboratório terá foco inicial na área de iluminação pública, com extensões nas áreas de segurança e energia. "Depois de celebrar o convênio, temos a oportunidade de desenvolver o conceito de cidades inteligentes aqui na USP, para testar todas as possibilidades em um ambiente real, porque o Campus oferece isso, tem (questões de) mobilidade, estacionamento, irrigação, iluminação e segurança", afirma o diretor executivo de negócios de empresas e atacado da Telefônica, Sílvio Antunes.

O objetivo é ter maior conhecimento e expertise para poder apresentar a prefeituras as propostas de smart cities de uma forma integrada e "horizontal", isto é, com uma arquitetura pensada para diversas abordagens simultâneas, como um poste de iluminação que também funcione como roteador Wi-Fi e tenha câmeras de monitoramento. "Nossa ideia é explorar as funcionalidades ao extremo, todas elas; para que, quando nós formos mostrar o conceito de cidade inteligente às prefeituras, entendermos a necessidade de cada cidade", declara Antunes.

A Universidade Politécnica de Madri (UPM) também terá colaboração no projeto. A instituição já possui convênio de duplo diploma com a EPUSP e deverá trazer a experiência que a Telefónica espanhola tem com o projeto de smart city na cidade de Santander, realizado com 25 organizações de dez países. "Temos a sorte que vamos capitalizar iniciativas e conhecimento da USP, além do aspecto da plataforma que temos consolidado não só (a nível) local, mas com essa visão global", declara o diretor do Centro de Inovação da Telefônica, Pablo Larrieux.

A empresa terá duas plataformas: uma de gestão de serviços de dispositivos inteligentes (SDS) e outra de gestão de conectividade máquina-a-máquina (Sm2m). Além disso, a operadora adotará o padrão, estabelecido em uma parceria público-privada entre a Comissão Europeia e o grupo Telefónica, de uma plataforma aberta para desenvolvimento de soluções, a FI-Ware. "Queremos criar um ecossistema virtuoso de smart cities, que já parte, como uma versão zero, muito grande", diz. "Espero que nosso projeto se torne um grande polo de atração de smart cities no Brasil, nosso sonho é nos tornarmos referência."

Um dos envolvidos no projeto, o professor da Politécnica da USP Luís Rossi, ressalta que o campus da USP é do tamanho da cidade de Santander, mas com uma comunidade de 120 mil pessoas. "Nossa ideia é expandir o nosso trabalho acadêmico ao máximo", afirma. Outra intenção é poder atuar diretamente com administrações públicas na concepção de projetos de cidades inteligentes, incluindo difusão de conceitos e capacitação de pessoas. "Acreditamos que a parceria tecnológica entre a indústria, a indústria de serviços, o serviço público e nossa escola pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida", comemora o diretor da EPUSP, o professor José Roberto Castilho.

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