Teles anunciam cobertura dos estádios da Copa, e destacam importância do Wi-Fi

As operadoras de telecomunicações concluíram na semana passada a implantação das redes de acesso que serão usadas nos estádios da Copa do Mundo. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, dia 3, o Sinditelebrasil (entidade que representa as operadoras) deu detalhes de como será a cobertura nas arenas. E o que ficou claro é que haverá uma grande diferença entre aqueles estádios em que haverá cobertura de redes Wi-Fi e aqueles em que a cobertura estará restrita às redes 3G e 4G. Segundo Eduardo Levy, presidente executivo da associação, as redes Wi-Fi devem absorver mais de 50% do tráfego onde estiverem disponíveis.

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Segundo dados apresentados pelo Sinditelebrasil, onde há Wi-Fi, a relação entre o público estimado e a quantidade de conexões simultâneas de dados comportadas é de, em média, 1,42. Ou seja, a cada 1,42 espectador haverá uma conexão disponível. No caso dos estádios sem Wi-Fi, essa relação é de 4,56, ou seja, cada 4,56 espectadores precisariam disputar uma conexão, se todas fossem usar a Internet ao mesmo tempo por seus tablets ou smartphones. Na prática, onde não tem Wi-Fi a rede será 3 vezes mais congestionada do que onde há Wi-Fi.

O problema das operadoras é que metade dos estádios não terão cobertura Wi-Fi. São eles: Mineirão (Belo Horizonte), Castelão (Fortaleza), Arena Pernambuco (Recife), Arena da Baixada (Curitiba) Arena das Dunas (Natal) e Itaquerão (São Paulo). Nos demais estádios há a cobertura Wi-Fi oferecida pelas próprias operadoras. O Sinditelebrasil não quis comentar sobre serviços prestados por outras empresas que não as operadoras de telecomunicações, nem tratar de disputas comerciais que tenham levado à deficiência de cobertura Wi-Fi. "Os administradores dos estádios, em alguns casos, julgaram que seria mais oportuno prestar esse serviço de outra maneira. Mas isso não impede que, no futuro, após a Copa, esses estádios possam ser cobertos pelo Wi-Fi das teles. Estamos abertos a isso".

As operadoras seguirão, dentro dos estádios, a mesma política para acesso a dados que seguem fora dos estádios. Ou seja, cada operadora terá a sua rede Wi-Fi e a sua política de autenticação, e a cobrança por esse tráfego será conforme o plano do assinante. Os serviços não serão oferecidos como cortesia.

A cobertura dos estádios envolveu a instalação de 164 quilômetros de fibra nas arenas, a colocação de 3,7 mil antenas de acesso às redes 2G, 3G e 4G (voz e dados) e 1,014 mil antenas Wi-Fi, em um investimento total de R$ 226 milhões.  Também focam instaladas 144 antenas nas áreas externas aos estádios.

Segundo Levy, todos os estádios terão um serviço de dados satisfatório, ainda que o Wi-Fi fosse importante  para aliviar o tráfego da rede. "O que pode acontecer é que o usuário pode ter que esperar um pouco mais para compartilhar uma foto".

O ranking dos estádios que devem ter, em teoria, a melhor relação entre público total e conexões de dados simultâneas é a seguinte:

Ranking dos estádios com melhor relação entre público total e conexões simultâneas:

1)  Estádio Beira-Rio (Porto Alegre)
2) Arena Amazônia (Manaus)
3) Arena Pantanal (Cuiabá)
4) Maracanã (Rio de Janeiro)
5) Mané Garrincha (Brasília)
6) Fonte Nova (Salvador)
7) Arena das Dunas (Natal)
8) Arena Pernambuco (Recife)
9) Arena da Baixada (Curitiba)
10) Mineirão (Belo Horizonte)
11) Itaquerão (São Paulo)
12) Castelão (Fortaleza)

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