Criadora da Paggo diversifica atuação

Montar uma solução fim a fim com marca própria e tentar difundi-la em um mercado dominado por gigantes nem sempre é a melhor opção. A Freeddom, empresa que criou a tecnologia por trás do sistema de mobile payment da Paggo, aprendeu isso ao longo dos últimos anos e reformulou sua estratégia de atuação. "Abrimos a cabeça: não temos mais só um produto e não vendemos apenas para operadoras", explica Cícero Torteli, um dos sócios fundadores da Freeddom, cujo nome foi trocado após a venda da marca Paggo para a Oi. A empresa ainda é a fornecedora de tecnologia para o sistema Paggo, como prestadora de serviço, mas está com uma série de outros projetos na área de mobile payment. Sua proposta não é mais montar produtos, mas oferecer para os clientes soluções de cobrança através do celular.
Entre os projetos em andamento dois chamam a atenção. O primeiro consiste no provimento da solução de mobile payment para o maior banco da Nigéria, o UBA, cujo teste piloto foi iniciado em janeiro. A Freeddom está fornecendo a tecnologia para a implementação de uma conta corrente simplificada móvel, acessada via SMS ou através de aplicativos para RIM OS e Symbian, sistemas operacionais mais usados na Nigéria. Outro projeto de porte é uma solução de compra de recarga de pré-pago via cartão de crédito (Visa ou Mastercard) através do celular para uma grande operadora brasileira, com lançamento previsto para abril.
Varejistas e Megassena

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Além de bancos e operadoras, a Freeddom tem negociado com grandes varejistas que possuem bandeiras próprias de cartão de crédito. A idéia é integrar mobilidade aos sistemas deles, o que permitirá vendas remotas.
Outra novidade criada pela empresa é uma solução para aposta na Megassena através do celular usada por um serviço batizado como "Jogga" e lançado comercialmente em dezembro passado. O usuário compra créditos pela Internet, usando seus cartões de crédito, e depois realiza apostas via SMS nas dezenas escolhidas. Por enquanto não há integração com as lotéricas: funcionários do "Jogga" precisam ir pessoalmente até as casas lotéricas fazer as apostas. Os comprovantes são guardados sob custódia pela empresa responsável pelo "Jogga", mas quem faz o controle de eventuais vencedores é o sistema da Freeddom, que avisa o apostador por SMS caso ele tenha ganhado. É cobrada do consumidor uma taxa de R$ 0,99 por jogo, cuja receita é dividida entre a Freeddom e os administradores do "Jogga". Atualmente estão sendo feitas entre 500 e 600 apostas por semana usando o sistema, que conta com um large account para TIM e Claro e números móveis para envio do SMS na Oi e na Vivo.
Receita e investidores
O faturamento da Freeddom em 2009 girou em torno de R$ 20 milhões e, apesar dos variados novos projetos, deve ficar no mesmo patamar este ano. Torteli explica que a empresa recebe por transação efeitvada, o que só a permite crescer conforme aumenta a adesão aos serviços, o que leva tempo. Enquanto isso, a empresa procura atrair investidores estrangeiros para financiar a sua expansão, aproveitando o bom momento vivido pela economia brasileira, explica Torteli.

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