PT lucra Є 500 milhões; celular é prioridade no Brasil

O grupo Portugal Telecom divulgou nesta quinta-feira, 3, seu balanço de 2004, com resultados de Portugal e do Brasil. Foram números que "satisfizeram a empresa", segundo um porta-voz da matriz que prefere não ser identificado. Houve forte crescimento em todos os negócios. O lucro líquido da empresa atingiu Є 500 milhões, 108% a mais que os Є 240 milhões apurados em 2003. No quarto trimestre de 2004 foi registrado lucro líquido de Є 43,7 milhões ante prejuízo de Є 39 milhões em igual período de 2003. A receita operacional no ano foi de Є 6 bilhões, 4,3% maior que no ano anterior. No quarto trimestre, a receita operacional cresceu 1,2%, para Є 1,5 bilhão, em comparação a igual período de 2003. O resultado operacional antes de amortizações (Ebitda) foi de Є 2,3 bilhões no ano passado, com crescimento de 2,6%. No quarto trimestre, o Ebitda foi de Є 556 milhões (Є 573 milhões em 2003, -2,9%).
Em Portugal, onde a Portugal Telecom opera TV por assinatura, a empresa tinha uma meta de atingir margem Ebitda de 40% em cabo e satélite, o que foi obtido no quarto trimestre de 2004. Foi uma vitória, pois há cerca de três anos a margem era de 12%.

Vivo foi desafio

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Em relação à controlada Vivo, foi um ano de desafio, disse o porta-voz. A Vivo quis defender sua liderança e enfrentar os competidores. Mesmo assim, conseguiu margem Ebitda de 33%, considerada equilibrada, se comparada com os resultados na Europa, há cinco anos, quando se situava entre 20% e 26%. O porta-voz estima que somente em três ou quatro anos, dependendo do desempenho do mercado, a margem chegará a 40% no Brasil.
O retorno para os acionistas foi de 17% em 2004. Será convocada assembléia geral para que o pagamento seja efetuado neste ano. Os dividendos dos últimos três anos subiram anualmente acima de 50%. ?Isto é fruto do enorme cash flow?, explicou o porta-voz. Em relação ao Brasil, onde não há distribuição de dividendos aos acionistas minoritários, o porta-voz preferiu não entrar em detalhes.

Celular é prioridade

O negócio celular continua a ser a prioridade da PT no Brasil, mesmo quando o assunto é mídia ou TV a cabo. ?O mercado brasileiro é estratégico e nos permite ter vantagem competitiva internacional?, argumentou o porta-voz. A empresa vendeu, recentemente, sua participação na Lusomundo Media para a Controlinveste. Isto porque, segundo o porta-voz, não fazia sentido estratégico manter esses ativos. No Brasil, a PT é sócia da Folhapar (que edita os jornais Folha de S. Paulo, o portal UOL e é sócia do jornal Valor econômico), mas não há definições sobre deixar o negócio. A decisão de venda de participação foi relativa somente ao mercado português.
Quanto à terceira geração tecnológica, o porta-voz disse que não há uma decisão oficial dos acionistas sobre o momento estratégico para lançar o serviço no Brasil ? independentemente da rede EV-DO da Vivo, considerada de 3G.

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