Net mostra projeções de mercado e busca parcerias

A Net Serviços, em reunião com analistas de mercado nesta quinta, dia 2, apresentou uma série de dados e números novos sobre as perspectivas da empresa para 2005. A empresa diz que espera crescer no próximo ano um pouco menos do que crescerá em 2004, ou seja, cerca de 4% a 4,5% em 2005 ante crescimento estimado em 5% até dezembro deste ano. Já em banda larga, a estimativa é de uma elevação em torno de 50%, chegando a 270 mil assinantes do serviço Vírtua.
Em relação ao mercado de assinantes de TV por assinatura, a Net acredita que haja possibilidade real de crescimento para a empresa de 1,1 milhão de potenciais clientes. Segundo a apresentação feita por Leonardo Pereira aos investidores, há hoje 6,6 milhões de domicílios cabeados pela empresa, sendo que destes, 1,4 milhão já são assinantes. Outros 1,1 milhão, segundo as estimativas da Net, têm potencial e interesse em adquirir o produto.
O problema é que 40% desse total está com a concorrência, o que demandaria esforço maior de venda. Há ainda cerca de 4,1 milhões de domicílios cabeados que estariam dispostos a assinar, estima a Net, mas se os custos fossem menores. Por essa razão, a Net voltou a falar para os investidores em soluções de pacotes para a classe C, "para aproveitar um eventual crescimento sustentável do País", disse Pereira.

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Em banda larga, a Net estima o mercado potencial imediato em 750 mil clientes, dos quais 156 mil estão com a operadora, 166 mil estão livres para serem conquistados e 428 mil estão com a concorrência. A Net diz que há ainda 1,4 milhão de clientes potenciais em regiões com redes unidirecionais ou que não têm condições imediatas de adquirir a banda larga nos custos atuais.
Sobre a digitalização, a Net diz que um bom termômetro serão os resultados do segundo trimestre de 2005, quando as vendas não sofrerão a influência nem da euforia de final de ano nem da retração natural do começo do ano.
Ao ser questionado sobre a fusão entre os operadores de DTH, Pereira disse que esse movimento era há muito esperado pelo mercado e que é natural. "Da nossa parte, o que temos que fazer é buscar fortalecer o setor de TV a cabo", disse.
A Net fala em estabelecer parcerias em busca de compartilhamento de capacidades e ganhos de sinergia com outras empresas. "Não estamos necessariamente falando em comprar outros operadores. É possível ter ganhos apenas com uma integração mais forte do setor."

Reestruturação

Segundo Leonardo Pereira, a idéia da empresa era concluir a reestruturação ainda em dezembro, mas será complicado cumprir este prazo. "Tudo indica que nos primeiros meses de 2005 terminaremos o processo todo". Pereira diz que em 16 de dezembro acontece a assembléia dos debenturistas e que a troca dos papéis da Multicanal, que são os mais complicados, deve levar um mês. A partir daí (cerca de 20 de janeiro) seria possível começar a fechar a operação de reestruturação por meio dos mecanismos que a Net desenhou para acelerar o processo. "Até o balanço do primeiro trimestre isso deve estar encerrado."

VoIP

A Net foi muito questionada pelos analistas sobre sua estratégia para VoIP e para a entrada da Telmex. Pereira disse que internamente há um grupo de trabalho desenvolvendo um modelo de integração com a Telmex e um projeto para voz, mas que esses trabalhos ainda são confidenciais. Pereira ressaltou, entretanto, que a oferta de serviços de voz será uma parte da estratégia de crescimento da Net, complementando a oferta de serviços atuais. "Não será o nosso core business."

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